Apesar das dificuldades geradas pela pandemia, boa parte do consumidor de Guarapuava ‘se virou’ como pode. Embora tenha ‘puxado o freio’, o cliente das lojas associadas à Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG) se preocupou em pagar a conta. De acordo com registros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em janeiro 648 foram inclusos na lista de não pagantes. Entretanto, 409 ‘limparam’ o nome. Já em fevereiro, houve 371 inclusões, mas, 366 restabeleceram o crédito.
Conforme o SPC, em março, o número de pessoas que não conseguiram pagar subiu para 909, contra 318 que quitaram os débitos. Em abril foram 837 inclusões e 413 quitações. Entretanto, maio se apresenta como um mês crítico, com 1.079 inclusões e apenas 427 baixas. Em junho, o número de exclusões do sistema sobe para 551 contra 846 inclusões.
Além disso, os registros da inadimplência dos últimos cinco anos, entre 2016 e junho de 2021, mostram que o SPC possui 989 inclusões ativas de pessoas jurídicas. O maior número, porém, fica por conta de pessoas físicas, com 27.703 inclusões. Portanto, o total é de 28.692. Somando esses débitos, são R$ 51.451.042,84 que estão retidos.
Entretanto, a perda financeira maior se dá com a prescrição de dívidas. De acordo com o SPC, isso ocorre após cinco anos de inclusão na lista de devedores. Para se ter uma ideia, de janeiro a junho deste ano, 3.485 prescrições de pessoas físicas e jurídicas estão registradas. Em termos financeiros, isso representa R$ 2.398.357,65 perdidos pelo comércio de Guarapuava.
CHEQUES
Outro dado registrado pelo SPC em Guarapuava mostra que o primeiro semestre deste ano também teve ‘quebra’ em relação a cheques. Conforme o gráfico, 199 cheques não foram pagos pela falta de fundos. Isso equivale a R$ 182.600,16, entre pessoas físicas e jurídicas. Em relação aos cheques prescritos, estes somam 55, num total de R$ 40.168,16.
De acordo com o SPC, esses números referem-se apenas a cerca de 700 associados que consultaram o sistema nesse período. Portanto, não incluiu registros do Serasa e de outros bancos de dados de inadimplência.
MUDANÇA
Conforme o SPC, houve aumento no número de consultas por parte do comerciante. Conforme o órgão, isso ocorreu pela migração de lojistas que não vendiam no crediário, mas por causa da venda de produtos no condicional, aderiram a esse sistema.
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