Uma equipe formada por técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério da Economia sobrevoou nessa quinta (8), pontos do traçado da Nova Ferroeste.
No entanto, um dos locais mais importantes do trajeto entre Maracaju (MS) e Paranaguá (PR) é a Terra Indígena Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras. Assim, a área fica distante menos de 10 quilômetros de onde passará a ferrovia.
De acordo com informações da Agência Estadual de Notícias, há estudos em andamento para avaliar os impactos do aumento no fluxo de carga no local.
RIO DAS COBRAS
O local tem 3.200 indígenas das etnias Kaigang e Guarani. Além disso, o Governo do Paraná destinou a área de 18 mil hectares exclusivamente aos indígenas em 1901. A maioria vive da lavoura. Os estudos levantarão se ocorrerão impactos.
Conforme a coordenadora-geral de Licenciamento Ambiental da Funai, Carla Costa, o sobrevoo ajudou a entender a distribuição das aldeias. “Se houver, serão definidas medidas para mitigar esses efeitos”.
MUDANÇA DE TRAÇADO
Desta forma, a preocupação com as comunidades indígenas inclusive fez com que o traçado fosse revisto ao longo da elaboração. De acordo com o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, no primeiro desenho a ferrovia passaria perto de cinco terras indígenas.
“Com a ajuda da equipe de engenharia mudamos esse traçado e hoje vamos impactar somente esta área que fica próxima aos trilhos já existentes”.
Conforme as informações, haverá uma reunião virtual com a comunidade indígena no dia 13 de julho. Nesta reunião, serão apresentados os termos do estudo para a aprovação conjunta.
GUARAPUAVA
Desse modo, pela manhã, a comitiva conheceu o pátio da Ferroeste em Guarapuava. Nesta sexta (9) os técnicos visitam Foz do Iguaçu para avaliar alguns pontos do futuro ramal. Na quarta (7) eles estiveram no Porto de Paranaguá.
A Nova Ferroeste é a única ferrovia estadual contida no PPI (Programa de Parcerias e Investimentos), do governo federal.
NOVA FERROESTE
Conforme a Agência, com 1.285 quilômetros de extensão, a Nova Ferroeste ligará Mato Grosso do Sul e Paraná, criando um dos mais importantes corredores de exportação do Brasil.
A fase de estudos deve terminar ainda este ano. Contudo, depois ocorrerão as audiências públicas. Por fim, o empreendimento está orçado em R$ 25 bilhões. Além de executar a obra, a empresa ou consórcio vencedor explorará a estrada de ferro por 60 anos.
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