22/08/2023
Cotidiano Guarapuava

Família denuncia funerária por descaso após morte de idoso em Pinhão

Conforme o relato, o idoso foi velado em um caixão que estava partido e quebrando. E, por isso, o enterro teve que ser antecipado

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Família relata descaso após morte de idoso (Foto: Arquivo familiar)

Uma familiar de um idoso de 61 anos, que mora em Pinhão fez um relato em redes sociais sobre o descaso que sofreu após a morte do parente. Conforme as informações, a família de baixo poder aquisitivo teria sido humilhada por uma funerária local. No relato, a familiar conta que a empresa pediu R$ 450 apenas para a preparação do corpo. No valor não constava o aluguel do apoio sobre o qual é colocado o caixão no velório.

Eles trouxeram apenas o corpo com um plástico, sem mais nada. Além disso, soltaram o caixão em uns cavaletes. Isso tudo, depois de xingamentos. Fomos muito maltratados, apenas um rapaz que trabalha no local nos tratou bem. 

Conforme a familiar, em entrevista ao Portal RSN, o idoso morreu ontem (26), após sofrer um infarto em casa. A família acionou o Corpo de Bombeiros de Pinhão, que entrou em contato com a funerária. “Nós somos de família muito humilde. O meu companheiro cuidava do meu pai, porque eu sou gestante. Minha gravidez é de risco. O que ele ganha dá apenas para a gente comer e olha lá. Ontem nós não tínhamos dinheiro e fomos encaminhados para a funerária”.

Ela conta que ao chegar na empresa, contaram aos responsáveis a situação pela qual estavam passando. E afirmaram que não tinham condições de comprar um caixão. “Eles já tinham lavado ele e quando relatamos os fatos, o homem que trabalha disse ‘eu não sei, se virem, problema de vocês. Eu só quero meus R$ 450 da lavagem e da cola da boca dele’. A pior coisa, você estar perdendo uma pessoa da família e receber esse tratamento”.

Desse modo, a família buscou recursos para conseguir um caixão. A familiar comenta que com apoio da Prefeitura conseguiram. No entanto, novamente os responsáveis pelo serviço funerário teriam respondido grosseiramente.

Eles falaram que não mandaram o caixão da Prefeitura e sim o que eles transportam o corpo pela funerária. Era um caixão feito com tipo essas ‘ripinhas de raspas’, estava partido, jogaram o corpo. Trataram a gente como se fossemos imundos.

A família comentou ainda que o enterro teve que ser antecipado, pois o caixão estava quebrando. Por fim, o Portal RSN tentou durante o dia contato telefônico com a funerária. Contudo, não teve retorno.

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Antunes

Jornalista

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