22/08/2023
Agronegócio

Chuvas prejudicam a agricultura na região

As chuvas constantes que caem sobre a região de Guarapuava desde dezembro de 2010 já tem reflexos negativos sobre a agricultura. Um dos pontos mais cruciais é o agravamento das já precárias condições das estradas municipais, principalmente, as de leito natural.
“A trafegabilidade dessas estradas está comprometida e prejudica o escoamento da produção agrícola, do leito, a retirada de madeira, da erva-mate”, diz o engenheiro Arthur Bittencourt Filho, o Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura em Guarapuava.
Paralelamente, a incidência de doenças já aparece nas lavouras da batata das águas, feijão das águas que estavam em fase de colheita quando as chuvas começaram.
Outra cultura que começa a despontar em Guarapuava e região e que está sendo prejudicada é a do tomate. De acordo com o produtor Klaus Ferter, duas doenças atingem as folhas e os frutos. “Temos a bacteriose e a requeima que estão prejudicando a cultura”, diz.
O que pode ser excesso para algumas culturas pode ser o ideal para outras. Este é o caso do milho e da soja que podem ter boa produtividade pelas chuvas.
“As culturas da soja e, principalmente, do milho, estão sendo beneficiadas pelas chuvas e hoje a estimativa é de que tenham uma boa safra na região. Mas se a chuva persistir por mais tempo, essa estimativa não se concretiza”, observa o agrônomo. Nos 12 municípios que são atendidas pela SEAB (núcleo regional), foram plantados 216,5 mil hectares de soja e outros 95 mil hectares de milho.
O plantio de milho nesta safra foi influenciado pelas previsões climáticas divulgadas em novembro e ratificadas em dezembro de 2010 quando foi dito que a temporada de verão seria de estiagem. Por conta dessa possibilidade de seca, muitos produtores anteciparam o plantio ou reduziram a área da cultura. “Acabamos tendo um verão com muita chuva contrariando a previsão inicial”, observa Bittencourt Filho.

Cristina Esteche

Jornalista

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