22/08/2023
Brasil Política

“A falta de compostura nos envergonha perante o mundo”, diz Barroso

A afirmação foi feita na abertura da sessão do TSE, desta quinta (9), onde o ministro rebateu o discurso do presidente Jair Bolsonaro

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Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitora (TSE) (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A postura do presidente Bolsonaro no dia 7 de setembro ainda repercute no cenário político nacional. Desse modo, o ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que “a falta de compostura nos envergonha perante o mundo”. A afirmação ocorreu em discurso na abertura da sessão do TSE, nesta quinta (9), onde o ministro rebateu o discurso do presidente Jair Bolsonaro na última terça (7).

De acordo com Barroso, na democracia existe lugar para todos. “A democracia tem lugar para conservadores, liberais e progressistas. O que nos une na diferença é o respeito à Constituição, aos valores comuns que compartilhamos e que estão nela inscritos. A democracia só não tem lugar para quem pretenda destruí-la”. Com relação às falas do Bolsonaro sobre as fraudes nas eleições de 2018, Barroso afirmou que o presidente deveria apresentar provas.

O Presidente da República repetiu, incessantemente, que teria havido fraude na eleição na qual se elegeu. Disse eu, então, à época, que ele tinha o dever moral de apresentar as provas. Não apresentou. Após uma ‘live’ que deverá figurar em qualquer futura antologia de eventos bizarros, foi intimado pelo TSE para cumprir o dever jurídico de apresentar as provas, se as tivesse. Não apresentou. É tudo retórica vazia. Hoje em dia, salvo os fanáticos e os mercenários, todas as pessoas de bem sabem que não houve fraude e quem é o farsante nessa história.

Além disso, o ministro falou sobre como o Brasil está perante os olhos internacionais. “A incivilidade é uma derrota do espírito. A falta de compostura nos envergonha perante o mundo”. Conforme Barroso o desprezo mundial é o maior problema atual.

“Não é só o real que está desvalorizando. Somos vítima de chacota e de desprezo mundial. Um desprestígio maior do que a inflação, do que o desemprego, do que a queda de renda, do que a alta do dólar, do que a queda da Bolsa, do que desmatamento da Amazônia, do número de mortos pela pandemia, do que a fuga de cérebros e de investimentos”.

*Com informações do Portal G1.

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Cristina Esteche

Jornalista

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