22/08/2023
Cotidiano

Frio e chuva são reflexos do El Niña, diz doutor em Climatologia

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As baixas temperaturas que estão castigando a região com maior intensidade nesta primeira semana de março de 2011 são as principais conseqüências do fenômeno climático El Niña. De acordo com o professor Aparecido Ribeiro de Andrade, doutor em Geografia com ênfase em Climatologia, o outono que começa oficialmente em 21 de março está sendo antecipado e explica as baixas temperaturas.
“Embora seja ainda precoce garantir que essa precocidade se mantenha pelos próximos dias, pois estamos vivendo uma frente fria que é normal nesta época do ano na nossa região. Não podemos dizer que esta temperatura vá se estabilizar, pois ainda poderemos ter dias quentes”, diz o professor. Segundo o especialista, uma frente fria dura em média quatro a cinco dias, “mas na nossa região costumar ficar até uma semana”, diz.
As passagens rápidas de frentes frias sobre a Região Sul são característica da El Niña e e seus efeitos são esperados e tendem a afetar as condições climáticas por onde o fenômeno se instala. A previsão para a Região Sul durante a temporada de verão era de baixas temperaturas e menos precipitações pluviométricas.
“Nosso verão foi seco em relação aos anos anteriores. Tivemos pouca chuvas entre dezembro do ano passado e início de janeiro de 2011. Começou a chover somente em meados de janeiros”, observa o professor. “Essa baixa precipitação e o frio são os reflexos da El Niña”, ratifica.
Guarapuava, por exemplo, registrou uma sensação térmica de 5° grauC por causa do vento durante as primeiras da manhã. Nesta quinta-feira (3) os termômetros registram a mínima de 14°C e a máxima de 27°C, segundo o Simepar.
Uma possibilidade levantada pelo professor é de que nos últimos dias desta frente fria outra possa entrar estendendo as baixas temperaturas por mais tempo.

Cristina Esteche

Jornalista

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