A famosa ‘rachadinha’ entre vereadores e assessores volta a chamar a atenção. Em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, uma ex-vereadora teve a pena de sete anos, três meses e 17 dias de reclusão. Além do pagamento de 80 dias-multa pelo crime de concussão. Assim, a ação contra a ex-parlamentar, da legislatura 2013-2016, teve autoria do Ministério Público do Paraná.
No entanto, entre o fim de 2018 e o início de 2019, as Promotorias de Justiça de Araucária ofereceram 10 denúncias contra vereadores e assessores parlamentares. Todos da legislatura de 2013-2016, em consequência das investigações da primeira fase da Operação Sinecuras. De acordo com a operação, os réus receberam denúncias pela prática dos crimes de organização/associação criminosa. Além de concussão e lavagem de dinheiro.
De acordo com a operação, em abril de 2018, houve depoimentos de dezenas das pessoas. Conforme a ação, 22 delas confirmaram que além de receberem a indicação de vereadores para assumirem os cargos, tinham que repassar uma porcentagem mensal dos ganhos. E não era apenas isso. Entravam no ‘racha’ as férias, rescisão, auxílio-alimentação e restituição do Imposto de Renda. Alguns entregavam mais de 70% do salário, sob pena de demissão caso não o fizessem.
EM GUARAPUAVA
Entretanto, em Guarapuava as ‘rachadinhas’ já colocaram na cadeia o ex-presidente da Câmara Ademir Strechar. Ele está condenado a mais de 61 anos de prisão em regime fechado. Ele foi preso em flagrante no dia 25 de outubro de 2011. No momento exato em que Strechar pegava o valor da ‘rachadinha’ com um assessor, a equipe do Gaeco chegou.
Outro agravante é que 17 assessores nomeados não desempenhavam nenhuma função. A não ser entregar a maior parte da remuneração ao ex-presidente. Todavia, acuados, assessores passaram a registrar em vídeos qualquer proposta escusa como, por exemplo, ‘racha’ com vereadores.
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