A edição deste ano do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) contou com a participação de 444 presos lotados em Guarapuava. Em todo o Estado, mais de 4.178 pessoas privadas de liberdade fizeram a prova. De acordo com as informações, entre as nove Regionais do Departamento Penitenciário, Guarapuava foi a 6ª com maior número de inscritos.
Desse modo, a regional que registrou o maior número de presos na prova foi a de Londrina (1.125), seguido de Curitiba e Região Metropolitana (1.124), Maringá e Cruzeiro do Oeste (735), Francisco Beltrão e Guarapuava (444), Ponta Grossa (341), Foz do Iguaçu (232) e Cascavel (173).
Assim, no geral, somadas todas as regionais, o índice foi de 60,44%. Os principais motivos de ausência na prova foram saída do sistema prisional após a inscrição ou transferência de unidade. Além disso, na última edição, dos 5.267 inscritos, 902 efetivamente concluíram os estudos, o que representou pouco mais de 17%.
De acordo com o Depen, os presos que fizeram a prova cumprem pena na Penitenciária Estadual de Guarapuava – Unidade de Progressão (PEG-UP), Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) e Escritório Social.
ENCCEJA
O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos teve a primeira edição em 2002. O objetivo é avaliar competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não concluíram o Ensino Fundamental ou Ensino Médio na idade adequada. A organização do exame no Sistema Prisional do Paraná, entretanto, tem coordenação do Setor de Educação do Depen e as inscrições ocorreram nas unidades penais.
Além disso, as provas foram organizadas por área de conhecimento e respectivos componentes curriculares. Para o Ensino Fundamental houve aplicação das provas de Ciências Naturais; História e Geografia; Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes, Educação Física e Redação; e Matemática. No Ensino Médio, Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação; e Matemática e suas Tecnologias.
Assim, além da oportunidade para a pessoa privada de liberdade concluir a educação básica, ela também pode solicitar a remição de pena, conforme a Resolução n° 391 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Por fim, a verificação do pedido é feita pelo Poder Judiciário, que reconhece o direito, por meio das práticas sociais educativas em unidades de privação de liberdade.
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