Cinquenta famílias de agricultores das 300 que tiveram as terras alagadas com a barragem da Usina Hidrelétrica do Baixo Iguaçu, ainda reivindicam a indenização. De acordo com os agricultores, a Usina está concluída desde dezembro de 2018. A estrutura pertence à Copel, em parceria com a Neoenergia, e custou mais de R$ 2,4 bilhões. Ela entrou em operação comercial em 10 de abril de 2019.
Administrada pelo consórcio formado pela Neoenergia (70%) e pela Copel (30%), a usina fica localizada no Rio Iguaçu, na Região Sudoeste. Está entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques. O empreendimento conta com três unidades geradoras, com capacidade suficiente para atender 1 milhão de habitantes, a partir da produção de energia limpa e renovável.
No entanto, famílias atingidas ainda lutam para obter o que é de direito. Assim sendo, várias reuniões já ocorreram nas esferas federal e estadual. Em uma delas, nessa terça (26), uma comitiva pediu o apoio do deputado estadual Artagão Junior. De acordo com o presidente da comissão criada pelos agricultores, Claudecir Alves da Silva Moura, o parlamentar tem ajudado as famílias nas discussões junto ao IAT e Ministério Público.
“Temos pareceres das famílias que já foram indenizadas. E são exatamente iguais aos de famílias ainda não indenizadas. Queremos justiça para que todas recebam a indenização”.
De acordo com a assessoria parlamentar, também participaram da reunião a presidente da Câmara de Capitão Leônidas Marques, Cleudes Pavan. Além de Vicente Paulo da Silva, Elizete Szekut, Valcir Lucietto. E ainda Vilmar Folchini e Valmir Lucietto, representando as famílias prejudicadas.
“TEM QUE RESOLVER”
Artagão Junior lembrou que a concessão da licença ambiental dada ao consórcio teve como base o Plano Básico Ambiental. “Se não está sendo cumprido na sua integridade, temos que tomar as providências cabíveis”.
De acordo com o diretor-presidente da Copel, Daniel Slaviero, a companhia está trabalhando para “resolver pendências”. Entre estas, com as famílias atingidas e que ainda não receberam indenização.
Entretanto, ele disse que apenas 14 de um total de 140 atingidas pela barragem, recorreram à Justiça. Contudo, segundo Slaviero, existe um grupo que reivindica indenização, mas que não tiveram as terras alagadas.
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