Provocando sorrisos descompassados nos brasileiros, o novo álbum de Marina Sena, intitulado “De Primeira” (2021, Alá / Quadrilha), está tomando conta das redes sociais. Esse é um daqueles discos que se ouve da música de abertura até o encerramento com o passinho no pé. A estreia da cantora e compositora mineira, teve produção em parceira com Iuri Rio Branco.
Assim, nasce como o produto final de um intenso processo de amadurecimento artístico, busca por novas possibilidades e construção da própria identidade. São composições que preservam a essência colorida e pluralidade de ritmos incorporada durante a atuação como integrante do Rosa Neon, mas que a todo momento estabelecem pequenos diálogos conceituais com outras obras em que esteve envolvida, como a psicodélica.
O De Primeira oferecido ao público em pequenas doses vai muito além dos conhecidos Me Toca e Voltei Pra Mim, e esses dois momentos de grande sucesso no trabalho parecem indicar isso. Desse modo, é uma bela síntese de tudo o que definiu a música popular brasileira nos últimos 10 anos.
Há ecos do pagode baiano, batidas extraídas do funk, clipes de samba e um romantismo extra do R&B ao brega. Um catálogo de ideias bem resolvido é fácil de se perder nas mãos de artistas novatos, mas isso parece ter desempenhado um papel inteligente na produção de Rio Branco. Por fim, a voz potente da cantora ocupa naturalmente todos os espaços em branco do disco.
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