22/08/2023
Saúde

Problema do SAS está a um passo de ser solucionado

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O impasse que envolve o Sistema de Assistência ao Servidor (SAS) gerado pelo fechamento do Hospital Estrela de Belém em novembro de 2010 está a um passo de ser resolvido.
Uma reunião na tarde de sexta-feira (18) na sede da APP/Sindicato em Guarapuava colocou frente a frente representantes de se sete entidades representativas dos servidores estaduais e o deputado estadual Cesar Silvestri Filho. Estavam lá, além da APP/Sindicato, a Polícia Militar, 5° Regional de Saúde, Sindicato dos Funcionários da Unicentro, Corpo de Bombeiro, DETRAN e a Receita Estadual.
Numa conversa que durou quase duas horas o deputado pediu a compreensão dos servidores e solicitou um prazo de mais 10 dias para apresentar uma solução. A proposta de Cesar Filho está embasada em reunião que teve com os secretários da Saúde, Michele Caputo Neto, com o secretário da Administração e Previdência Luiz Eduardo Sebastiani, com o superintendente do Departamento de Assistência à Saúde, Fernando Macedo, na quinta-feira (17) em Curitiba. A deliberação foi que haverá um acordo com um dos hospitais de Guarapuava para atendimento emergencial de 60 dias até que o novo plano de Governo em substituição ao modelo atual modelo do convênio seja substituído.
“Estou pedindo um voto de confiança do servidor. Sei que a situação já está no limite e sou solidário a vocês, mas peço um voto de confiança e mais um prazo de 10 dias para solucionar problema”, disse o deputado. “Não estou brincando e nem fazendo o papel de advogado do Governo. É em meu nome que estou aqui pedindo esse apoio do servidor”, continuou lembrando que na sessão de segunda-feira (14) fez um pronunciamento na Assembleia Legislativa cobrando uma posição do Governo em relação a esse problema.
Mobilizada para uma manifestação prevista para a terça-feira (22) a categoria disse não suportar mais a situação.
“Estamos há seis meses sem atendimento médico hospitalar. A situação é caos e as dificuldades são cotidianas. Para nós o Estado já teve o seu tempo e a categoria está mobilizada e nos cobrando uma solução diariamente”, disse a presidente da APP/Sindicato e membro do Coletivo de Usuários do SAS, Jianete Ribeiro Neves de Souza. Ela citou como exemplo o caso de uma professora que teve que internar a filha por dois dias e gastou R$ 2,2mil. “ Sabe o que é isso para um professor? Representa o salário do mês”, observou Jianete.
“O que não aceitamos é ver a saúde sendo tratada como mercadoria. O modelo do SAS nunca nos agradou e acabou ficando pior do que estava”, disse a sindicalista Terezinha Daiprai.
Após várias manifestações por parte dos presentes e que apontaram a ineficiência do atual modelo, a falta de leito nos hospitais, a carência de médicos e outras questões que afetam a saúde pública e conveniada, várias sugestões foram apresentadas e que poderão contribuir para o desfecho do caso.
Após o debate as entidades representadas acenaram com a possibilidade de rever a mobilização e aguardar o prazo solicitado pelo deputado.
“Estamos vendo uma luz no fundo do túnel”, afirmou Terezinha.

Cristina Esteche

Jornalista

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