Com cerca de 80% da população imunizada, Guarapuava segue recebendo mais doses da vacina contra a covid-19. Desta vez, a 5ª Regional de Saúde já recebeu nessa quarta (2), 13.560 doses. Sendo assim, ainda nesta semana, outras doses estarão nos postos de saúde no município.
Mas mesmo com tantas pessoas vacinadas, o Portal RSN recebe algumas dúvidas levantadas por internautas sobre a vacinação em Guarapuava. Por isso, em entrevista ao portal, o chefe da divisão de vigilância epidemiológica, Hiagor Silva, esclareceu alguns pontos sobre a imunização.
QUEM AINDA PODE TOMAR
Em Guarapuava, o censo de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a estimativa da população é de 183.755 pessoas. No entanto, houve aplicação de quase 150 mil primeiras doses. Ou seja, ainda tem um restante que não recebeu a dose. Conforme o doutor Hiagor, ainda há chance de ficar em dia com o esquema vacinal. Mas há unidades de saúde específicas para isso.
Nesse momento, os informativos que a Secretaria divulga mostra as unidades de saúde que tem as doses disponíveis naquele dia. Se, por exemplo, hoje está listado lá no [UBS] Bonsucesso, se você procurar no Morro Alto [UBS], não vai ter aplicação dessa vacina porque eles nem receberam essa vacina para aplicar.
Além disso, o município tem aplicação disponível para pessoas acima de 12 anos. Sendo assim, toda vez que abrir a primeira dose para a partir desta faixa etária, quem está atrasado com a dose, pode ir até as UBS’s.
DOSE DE REFORÇO
Para se proteger do vírus, três doses são necessárias. Assim, a dose de reforço só é aplicada quando o esquema vacinal está completo. Conforme o chefe, a pessoa que tomou a primeira e segunda dose do mesmo imunizante, vai tomar uma dose de reforço por enquanto da vacina da faixa.
De acordo com o Ministérios da Saúde, a dose de reforço é necessária para ficar protegido. E agora está liberada para todas as pessoas acima de 18 anos que se imunizaram com a segunda dose em até cinco meses. Assim, Guarapuava ainda estuda como será a aplicação da terceira dose na população em geral.
Conforme o coordenador, “ainda não temos previsão de quando vamos poder começar a aplicar a dose de reforço. Mas é uma questão de nos próximos dias a gente já estar podendo. A gente só precisa receber de fato essas doses”.
VACINAÇÃO EM CRIANÇAS
Outra dúvida da população é em relação as doses para as crianças. No entanto, ainda a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa a inclusão da indicação da vacina da Pfizer para a imunização de crianças na faixa etária de cinco a 11 anos. O processo está em análise pela equipe técnica, que solicitou à farmacêutica dados complementares para avaliação do pedido.
O doutor Hiagor explica que o município aguarda esta aprovação. “A Anvisa ainda não liberou. Então, ainda não temos a informação, não tem a liberação e também não foi feito planejamento pelo Ministério da Saúde quanto aplicação da vacinação de cinco a 12 anos. Por isso, sem previsão mesmo”.
SOBRE AS VARIANTES
As variantes do coronavírus têm preocupado a população, principalmente, com a descoberta da Ômicron. Mas se há a proteção com as vacinas, segundo o doutor Hiagor, agora é necessário manter os cuidados.
Por enquanto todas as vacinas se mostraram efetivas para as variantes as quais elas foram estudadas. O que acontece na questão das variantes é que elas são descobertas numa velocidade muito rápida. Então, não temos estudo sobre a Ômicron. Não sabemos ainda qual vai ser a performance dessas vacinas frente a essa nova variante. Mas cada nova variante traz novos desafios e são necessários novos estudos.
OS VACINADOS TAMBÉM CORREM PERIGO
Mesmo com as doses, ainda é preciso continuar se cuidando. A alta cobertura das vacinas não impede a contaminação, dessa forma, as medidas devem ser adotadas. De acordo com o chefe de vigilância, ainda há grandes chances de contrair o vírus. “A vacina protege para casos sintomáticos, hospitalização e morte. Ela não vai proteger você de não contrair o vírus. Isso não é o objetivo da vacina. O foco é proteger que você não adoeça, não piore ou não venha a morrer devido a covid-19.”
Desse modo, o profissional ressalta que ainda há a chance de transmitir mesmo imunizado. “Então, há a importância de manter todos os cuidados. Pois você continua pegando, continua transmitindo. E você pode estar transmitindo para uma pessoa que não está vacinado e pode estar levando essa pessoa, às vezes a um quadro mais grave, uma internação ou a morte”.
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