22/08/2023


Psicóloga explica a cultura dos haters nas redes sociais

E quem costuma praticar esse tipo de violência, os famosos haters, segundo especialistas, muitas vezes acabam se fortalecendo na impunidade

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Haters e redes sociais (Foto: Reprodução/Pixabay)

A cantora Marina Sena teve a conta do Instagram desativada por algumas horas na madrugada dessa segunda (13). Segundo assessoria, o perfil saiu do ar de madrugada. A conta foi restabelecida por volta de 15h. Por conta disso, a cantora que ficou conhecida com a música “Por Supuesto” fez um longo desabafo no Twitter, no qual fala sobre os ataques de haters que vem sofrendo nos últimos dias, principalmente após vencer as categorias ‘Experimente’ e ‘Revelação’ do Prêmio Multishow da última quarta (8).

Antes disso eu já vinha recebendo muito ‘hate’ por um incômodo das pessoas com a minha voz. Um dia lá em Taiobeiras eu sonhei em ser artista, mudar minha vida e da minha família, fiz o meu melhor, estou há sete anos trabalhando, e agora finalmente eu consegui algum reconhecimento por tudo que já fiz. Hoje, posso dizer que a experiência tem se tornado insuportável, porque o que estão fazendo não é apenas dando suas opiniões, o que estão fazendo é bullying e isso é muito sério.

Além disso, Luísa Sonza fez um post em solidariedade à Marina. Duda Beat, Sabrina Sato e Gloria Groove foram outras famosas que se manifestaram nas redes sociais.

OS ATAQUES NAS REDES SOCIAIS

A cultura de agredir pessoas e praticar ações de intolerância e ódio nas redes sociais está cada vez mais latente. E quem costuma praticar esse tipo de violência, os famosos haters, segundo especialistas, muitas vezes acabam se fortalecendo na impunidade.

De acordo com a psicóloga e professora preceptora de estágio em Psicologia Organizacional do Centro Universitário Tiradentes, Karolline Helcias Pacheco Acácio, essa cultura é cada vez mais disseminada no universo virtual e a cada ação, se torna ainda mais violenta.

Os haters aparecem muito nas redes sociais e isso virou uma cultura, uma forma de violência muito comum hoje em dia. O problema é que essas pessoas que praticam esse tipo de agressão se prevalecem do fato de a rede social, de certa forma, terminar protegendo-as. Assim, a plataforma favorece o perfil do agressor, pois muitas vezes o hater se esconde atrás de um perfil falso para poder violentar alguém.

Ainda segundo a professora, conteúdos que contenham sinais de perversidade são característicos do perfil do agressor. “Portanto, geralmente, o perfil dos haters tem um pouco de perversidade, mas por trás disso, pode existir uma pessoa que tem uma fragilidade emocional. E ela se utiliza desse meio para conseguir se expor e violentar outras pessoas, se sentindo de certa forma fortalecida pela impunidade já que, apesar dos avanços, casos de crimes praticados no ambiente virtual muitas vezes não dão em nada. Seja pela falta de denúncia ou pela demora em identificar os transgressores”.

Desse modo, normalmente, quem se esconde nos perfis falsos e se utilizam desses ambientes virtuais para agredir outras pessoas, traz traços de sociopatia, perversão e outras psicopatologias. “É preciso analisar o perfil desses sujeitos para ter um diagnóstico mais amplo”.

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Antunes

Jornalista

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