22/08/2023
Cotidiano Guarapuava

Defesa diz que padrasto precisou conter jovem deficiente

Segundo o advogado, o jovem que é deficiente estava agredindo a irmã com Síndrome de Down e a mãe, e que precisou usar de força para contê-lo

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PADRASTO

Em nota, defesa de padrasto diz que as agressões ocorreram para conter o enteado (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A defesa do acusado de agredir o enteado com deficiência mental  alega que a atitude do cliente, mostrada em vídeo, não se trata de uma agressão. Conforme nota encaminhada ao Portal RSN nesta quinta (16) “não se trata de caso de agressão ou violência doméstica”, mas de uma necessidade de contenção.

De acordo com o advogado Thiago Nogueira de Godoi, o padrasto foi casado durante 12 anos com a mãe do jovem e nesse tempo “sempre cuidou do enteado, prestando-lhe auxílio, cuidando da higiene, medicação e realizando os acompanhamentos médicos necessários”.

No entanto, conforme a nota, o enteado tem “surtos emocionais” que fazem com que ele tenha “comportamentos agressivos contra si e contra os próprios familiares”. Dessa forma, no dia do ocorrido, ele estava tendo um desses “surtos”.

Ainda segundo a defesa, no dia 23 de novembro, o jovem demonstrou “comportamento agressivo contra sua irmã” de 15 anos que tem Síndrome de Down. Além disso, teria apertado o pescoço dela e, em seguida, “tentado investir contra a mãe”. Dessa maneira, após não conseguir acalmá-lo “fez-se necessário o uso da contenção física”.

No vídeo é possível verificar, que o padrasto segura os braços e posteriormente a mãe com o intuito de auxiliar na contenção do enteado, entrega uma manta para que o padrasto pudesse contê-lo.

RELEMBRE O CASO

No vídeo em questão, um jovem com deficiência, de 26 anos sofre agressões do padrasto. No vídeo o agressor está por cima do rapaz. O jovem tenta se defender, mas o homem o segura pelos braços, dá socos e em outros momentos tenta sufocá-lo.

De acordo com a Apae, o jovem é portador de deficiência mental severa. Conforme a presidente Marcia Cristina Faria Nagase, a família mora na Vila Jordão, em Guarapuava. “A mãe também possui outro filho com Síndrome de Down. E é uma família que vive na miséria absoluta”.

Com a publicação do vídeo no dia 13 de dezembro, uma equipe da Apae Guarapuava se dirigiu até a casa do jovem. Conforme as informações, a mãe fez o boletim de ocorrência no dia 24 de novembro e desde então ela e o filho estão sob medida protetiva contra o agressor.

Todavia, segundo o assistente social da Apae, Adão Schneider,  o vazamento do vídeo deixou a mulher “muito nervosa”. Isso porque o companheiro dela não está preso. Além disso, não se tem informações de quem compartilhou as imagens para que elas chegassem ao conhecimento do público.

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Antunes

Jornalista

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