Um balanço da Secretaria da Saúde de Guarapuava mostrou que a maioria dos casos atendidos nas Unidades de Pronto Antedimento (Upa’s) não são urgentes. Isso envolve 12.396 atendimentos feitos nas Upa’s Trianon, Primavera e Batel, neste mês janeiro, até essa quarta (19), às 15h.
Dessa forma, os dados mostram o aumento da demanda nas unidades no início deste ano e a classificação de risco das pessoas que procuram atendimento médico. Dos 12.396 casos atendidos, 202 tiveram classificação como não urgentes. Isso corresponde a 1,63% do total.
Conforme o balanço, outras 3.321 pessoas (26,79%) tiveram classificação como casos pouco urgentes. E, ainda, a maioria, cerca de 71,19% (8.825), não eram urgentes. Os dados tiveram análise de acordo com o Protocolo de Manchester, adotado para organizar o fluxo nas unidades com a ordem de prioridade de atendimento.
Além disso, dos casos atendidos nas Upa’s, outros 48 pacientes (0,39%) foram levados diretamente pelas equipes do Samu ou Siate. No local com mais atendimentos, a UPA Batel, dos 4.914 pacientes atendidos, 3.483 eram casos não urgentes.
PROTOCOLO DE MANCHESTER
O Sistema de Triagem de Manchester faz a classificação de risco dos pacientes que buscam atendimento em uma unidade de pronto atendimento conforme a gravidade dos sintomas e do quadro clínico. Além disso, a avaliação é codificada em cores.
Dessa maneira, cada cor estipula um tempo médio para o atendimento, para não comprometer a saúde do paciente. Assim, segundo a Secretaria, casos mais urgentes sempre terão prioridade na consulta médica, reorganizando a fila de espera conforme a demanda e a classificação de risco.
Considerando o levantamento, a maioria dos casos atendidos classificam-se pelas cores azul e verde. De acordo com o secretário de Saúde, Jonilson Pires, cada paciente que procura uma Upa, apesar de não receber uma pulseira indicativa com a cor, ele é classificado conforme a gravidade do quadro apresentado.
Ao analisarmos o fluxo de atendimento, vemos que a maioria das pessoas podem ser atendidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), mas acabam procurando a Upa. Quem se desloca até uma unidade de emergência tem que estar ciente que o atendimento não é por ordem de chegada.
A triagem, então, tem o objetivo de separar os casos urgentes dos não urgentes e garantir o atendimento prioritário dos casos mais graves. Sendo assim, os casos não urgentes têm um tempo maior de espera.
Assim, as cores para atendimento urgente são vermelho (emergente – prioridade 1), laranja (muito urgente – prioridade 2) e amarelo (urgente – prioridade 3). Portanto, verde (pouco urgente – prioridade 4), azul (não urgente – prioridade 5) e branco (atendimento eletivo – prioridade 6) sem prioridade.
CASOS URGENTES
Conforme a Saúde, classifica-se como casos urgentes: parada cardiorrespiratória, dor no peito,dor cardíaca, falta de ar,dificuldade para respirar. Assim como, convulsão, vômitos ou diarreias que não param, vômitos com sangue, dor abdominal, de moderada a grave, e dor de cabeça intensa.
Também são casos urgentes, rigidez na nuca, queda súbita de pressão, elevação de pressão arterial, a partir de 160×100 MMH e dor aguda. E, por fim, alergia severa (coceira e vermelhidão intensa pelo corpo), envenenamento, atentado contra a vida e dor e inflamação nos dentes.
GRIPE E COVID-19
De acordo com a Secretaria de Saúde, boa parte dos pacientes atendidos apresentaram síndromes respiratórias com sintomas gripais e de covid-19. A orientação, nesses casos é, em primeiro lugar, entrar em contato pelas formas de atendimento remoto da Prefeitura.
Isso inclui a assistente virtual Sara, acessada pelo site da prefeitura ou pelo aplicativo Fala Saúde ou o call center no 0800 642 0019. Por fim, o paciente recebe atendimento de uma equipe especializada, pode marcar o teste de diagnóstico e receber acompanhamento.
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