Guarapuava – A grande incógnita que está tirando o sono, principalmente, da bancada que dá sustentação ao prefeito Fernando Ribas Carli na Câmara é a autoria do quarto voto depositado na urna durante a eleição da Câmara no dia 1o de janeiro.
A candidata Maria José Mandu Ribas (PSDB), que tinha o apoio do prefeito, obteve 4 dos 7 votos da bancada situacionista contra 8 votos que deram a vitória ao peemedebista Admir Strechar, da oposição “carlista”.
Várias especulações rondam o quarto voto já que a votação foi secreta. A oposição tenta confundir “plantando” informações de quem teria votado a favor de Maria José e cujo “apoio” teria saído do próprio grupo de oposição. Também tenta mostrar que o maior “traidor” não está entre eles, mas sim na própria bancada situacionista.
A situação se mantém cautelosa e está à procura de quem votou em Maria José, já que Elcio Melhem (PP)e Fernando da Maçã (PP) declararam o voto, apesar da votação ser secreta. O terceiro voto é da própria Maria José. Nelio Gomes da Costa, João Napoleão, Sadi Federli e Lizandro Martins (Magrão)votaram secretamente.
O grupo “carlista” promete desdobramentos e diz que “muita água ainda vai rolar”, mas age cautelosamente para “não cometer injustiças”.
O que se percebe é que o prefeito não vai aceitar calado a terceira derrota consecutiva nas eleições da Câmara. Respondendo a pergunta feita pela jornalista Cristina Esteche logo após a posse na Câmara, sobre o resultado, disse que era uma situação normal porque a decisão coube aos vereadores. “Foi uma decisão da Câmara que é um poder independente. O Executivo nunca interferiu no Legislativo”, afirmou.
Questionado sobre a atuação de três vereadores que, teoricamente, pertencem à bancada situacionista já que foram eleitos pela coligação que o apoiou, mas que, pelo resultado, votaram com a oposição, Carli foi taxativo e avisou: “cada cabeça uma sentença”.