Quando uma mãe deixa o filho na escola, é como depositar confiança na instituição, entregando o que há de mais sagrado para os pais: os filhos. Isso porque, a escola deve ser o lugar onde os alunos estão seguros e os pais, mais ainda.
No entanto, este já não é mais o sentimento de uma mãe que não quis se identificar, mas será chamada de Luiza. Ela denunciou ao Portal RSN, que a filha de quatro anos confessou ter sido agredida pela própria professora em uma escola na Colônia Vitória, no Distrito de Entre Rios.
Ela me contou que tudo começou por causa de um ‘estojinho’. Minha filha queria levar para casa, mas a professora disse não. Por isso, ela começou a chorar. Nisso, minha filha contou que a professora teria a agarrado pelos ombros e feito ela sentar na cadeira.
Ainda de acordo com a mãe, ela viu os hematomas enquanto dava banho na criança. Ao ver as marcas, Luiza questionou a menina sobre o que aconteceu. Mas a menina apenas respondeu “eu bati mãe”.
Isso aconteceu na última sexta (18). No primeiro momento eu achei que eram mordidas. Mas agora acho que podem ser unhas. Minha filha não quis me falar, apenas dizia que tinha batido. No momento achei que poderia ter sido coleguinhas. Mas a professora? Não passou pela minha cabeça.
Entretanto, no domingo (20), a criança confidenciou ao avô o que tinha acontecido. E depois ela confirmou a história, para a mãe e a avó, que informou à diretora também da situação. De acordo com a avó, quando a criança estava diante da professora, ela negou os fatos. “A professora insistiu e perguntou à minha filha se ela tinha mesmo feito aquilo. Na hora, minha mãe contou que a menina parecia acuada e respondeu que não”.
Após isso, Luiza procurou o Conselho Tutelar e a delegacia para dar continuidade aos procedimentos. A filha dela vai fazer os exames de corpo de delito para que possam ajudar na investigação. Por outro lado, de acordo com a mãe, a professora não está mais na turma. “Tem outra já substituindo ela”.
ÓRGÃOS COMPETENTES
Diante disso, a família tentou procurar ajuda, registrando boletim de ocorrência e acionando o Conselho Tutelar. “O Conselho já recebeu esse caso e com certeza, vamos aplicar todas as providências. Daremos atendimento à família e continuidade ao caso”.
Além disso, o secretario de Educação e Cultura, Pablo Almeida, também se pronunciou sobre a denúncia. De acordo com ele, a diretora está ciente da situação e já enviou um relatório.
Ela (diretora) me contou o ocorrido e disse que uma avó de uma criança relatou que a criança estava com tipo uma ‘manchinha’ e tinha ido embora chorando na sexta. Mas com a professora, a criança afirmou que não teria sido agredida.
Desse modo, a Secretaria soube do caso nesta quarta (23) e afirmou que será analisado o caso. No entanto, o secretário ainda disse que, do ponto de vista da diretora, tudo o que aconteceu não foi dessa forma. Porém, como medida de prevenção, a professora está dando aulas para outra turma.
NO AGUARDO DA RESPOSTA
Enquanto isso, Luiza aguarda por respostas e quer prosseguir com a denúncia. “Hoje foi só por causa de um estojo? Mas e depois? Agora, minha filha não quer ir pra escola! E eu não posso tirar o direito dela de ir para escola, só que eu não me sinto tranquila”. Além disso, ela afirma que outras mães também confidenciaram, outras situações com a mesma professora.
Vieram diretamente falar comigo, dizendo que minha filha não foi a única. Só que eu acho que ela também não vai ser a última.
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