A artista Gabriela Oliveira conta que em todas suas lembranças da vida está a presença da dança. Desde pequena sempre teve muito incentivo dentro de casa, especialmente pelo pai, que é desenhista. Ela lembra que ele sempre comprava dvd’s de dança para estimulá-la em todas as áreas da arte. Com 10 anos, os pais a colocaram numa academia de dança. Assim, Gabe (como é conhecida) teve certeza de que era realmente isso que queria. Primeiro foi para o jazz, depois para o ballet e com 14 anos já dava aula nas escolinhas, onde abriu portas para mais referências como a Felchak. “Fui a cinderela por dois anos seguidos e nunca mais parei de trabalhar com eles, fazia eventos mas nunca parei de dar aula. E, hoje sou coreografa da Felchak há 10 anos”.
Com todo esse tempo repleto de referências, Gabe aprendeu tudo no trabalho que está até hoje. “Eu aprendi tudo com eles, coreografar e dançar, foram maravilhosos porque me formaram a pessoa que eu sou hoje. Eu aprendi muito sobre essência, eu entendi sobre o artista sensível muito além do profissional. Isso me fez ter outra visão da arte, ser outro divisor de águas na minha vida”.
O COLETIVO
Mesmo com a paixão desde cedo pela dança, Gabriela também passou por frustações dentro da arte. E, foi no Festival Internacional de Hip Hop em Curitiba, que teve outra visão da dança. “Eu senti uma coisa muito boa, que eu não sentia nos outros lugares, não me sentia pressionada esteticamente. Eu sai de lá querendo multiplicar o que eu vivi.” Dessa forma, ela teve a ideia de criar um grupo de dança, onde um ajudaria o outro. Houveram muitas dificuldades, mas ela conta que sempre teve muito apoio.
E foi assim, que surgiu o Coletivo MOVEment, com o intuito de multiplicar, das pessoas serem felizes dançando e dessa forma, entender a dança. “Entender que a dança é muito mais que só ela em si, ela é também o que ela faz com as pessoas, muda. Assim como a arte.”
O coletivo conseguiu reunir pessoas de diversos estilos, do hip hop, do ballet, do jazz. Conforme Gabe, mesmo com muito caminho pela frente, o MOVE já deu muito certo, conseguindo transformar diversas vidas. Atualmente, além da criação do Coletivo, ela ainda continua na Felchak, e agora coordenando o Teatro municipal. Ela é muito grata por todos que trilharam seu caminho e a fizeram crescer na dança e na arte como artista e também como pessoa.
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