22/08/2023


Política

“Paraná tem saúde para resistir às agressões da crise”, afirma Requião

Curitiba – Em pronunciamento feito nesta segunda-feira (5) à tarde, no Palácio das Araucárias, em Curitiba, o governador Roberto Requião disse que, graças à política fiscal do Governo do Estado, o Paraná tem saúde para “resistir às agressões da crise”, que teve início nos Estados Unidos e se alastrou por vários países, provocando a falência de instituições financeiras e empresas e a demissão de milhões de trabalhadores.
“Vamos sofrer, mas, em função da política tributária do Governo do Estado, sofreremos menos que os demais Estados brasileiros”, afirmou Requião, ao destacar como principal ponto da política de governo a isenção de ICMS para as micro e redução do imposto às pequenas empresas, além da recente reforma tributária proposta pelo Governo e aprovada pela Assembléia Legislativa e que entrará em vigor no mês de abril.
A reforma reduz de 25 e 18% para 12% a alíquota do ICMS que incide sobre 95 mil produtos. “É uma forma de ajudar os trabalhadores, porque são bens de consumo-salário, aquilo que compramos todo mês com o salário que recebemos. Eu fiz este ajuste porque a economia está sofrendo muito com a crise e é preciso que a circulação de recursos se estabeleça e a capacidade de compra do povo, principalmente dos mais pobres, não seja diminuída”, justificou.
Requião disse que “se o povo não compra, a indústria vai parar e pode demitir trabalhadores. Mas se o povo compra, se os produtos ficam mais baratos, as prateleiras das lojas se esvaziam, as indústrias passam a contratar mais trabalhadores e se estabelece o ciclo virtuoso do desenvolvimento”.
Sobre as políticas fiscais do Estado, o governador fez questão de destacar que a mais importante de todas as medidas foi a isenção de impostos que concedeu, no início de seu governo, as micro e pequenas empresas. “Isto fez com que, em Curitiba, por exemplo, 70% das empresas instaladas ficassem enquadradas no programa de isenção. São 30 mil empresas neste regime somente na capital. São empresas que não pagam nada ou que pagam pouco. A média de pagamento dessas empresas é de 1,15%. Isto é praticamente nada, já que as empresas regulares pagam 18%”.
Segundo Requião, o principal resultado proporcionado por esta política fiscal é a transformação do Paraná num dos estados que mais tem gerado emprego de carteira assinada nos últimos anos. “Além do mais, essas políticas tornaram o Paraná mais forte para enfrentar a crise que vem aí. Não se iludam. Essa quebradeira que começou nos Estados Unidos, mexe com todos os países do planeta, porque o dólar é a moeda que comanda tudo”.
Portanto, acrescentou o governador, menos impostos significam mercadorias mais baratas. “É o nosso salário comprando mais. Se conseguirmos comprar mais, colocar mais comida na nossa mesa, comprar os objetos necessários para a nossa casa, significa que o comércio está vendendo mais, esvaziando as prateleiras e fazendo encomendas para a indústria que, por sua vez, ocupa a sua capacidade ociosa e contrata mais trabalhadores. A política do Paraná, nesse momento, é basicamente essa: defender o emprego de nosso povo e defender as nossas empresas. Empresas abertas e trabalhadores com emprego e salários decentes”, finalizou.
(AEN)

Cristina Esteche

Jornalista

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