22/08/2023
Economia Guarapuava

Guarapuavanos também se revoltam com reajustes dos combustíveis

Os motoristas correram aos postos e não pouparam queixas contra os valores expostos nas bombas. Procon notificou os donos

POSTO

Guarapuavanos ficam indignados com o reajuste antecipado nos postos (Foto: Pixabay)

É grande o número de reclamações dos moradores de Guarapuava contrários aos preços dos combustíveis. De acordo com as queixas, o reajuste nas bombas ocorreu mesmo antes de a Petrobras anunciar a atualização dos valores. “Quero o meu dinheiro de volta”; “É preciso prender os donos dos postos” ou ainda “Tem que lacrar as bombas”. Essas são as manifestações que retratam a indignação dos consumidores.

A revolta começou na tarde dessa quinta (10) quando houve o anúncio da Estatal. Paralelamente às reclamações, os consumidores formaram filas em postos para encher o tanque. “O povo ficou doido”, disse um frentista de um dos postos da cidade. “Pois é, as pessoas chegaram aqui e até xingaram a gente. Mas o preço do litro já tinha subido nos últimos dias e ninguém reclamou. Agora ficam xingando, querendo o dinheiro de volta. A gente não pode fazer nada”, disse outro funcionário de posto.

Conforme a coordenadora do Procon em Guarapuava, Luana Esteche, o órgão está sendo muito procurado pelos consumidores apresentando a mesma demanda. “Ontem [10] foi um dia de muita agitação. O consumidor nos cobra medidas drásticas. Mas essa não é a nossa função”. A advogada esclarece que cabe ao Procon a fiscalização, notificação, orientação e, por fim, a multa.

Nossa equipe é reduzida. Trabalhamos apenas com um fiscal que atua em meio expediente e está em férias. Mesmo assim, não deixamos de fiscalizar. Já notificamos os postos que estão praticando preços abusivos.

No entanto, segundo Luana Esteche, todos têm direito ao contraditório. “É preciso entender que não há um tabelamento, mas que se pratica o livre mercado. Por isso fiscalizamos”.

RECLAMAÇÕES PELO PAÍS AFORA

Por conta desse aumento, considerado abusivo pela população, há uma reação popular por todo o País. Em Brasília, por exemplo, o deputado Nereu Crispim (União-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, ajuizou ação civil pública. Ele pede a imediata suspensão do aumento dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha.

A ação tramita perante a 9ª Vara Federal do Distrito Federal. Denúncia que o aumento baseado em índices estrangeiros é vedado pela legislação brasileira. Conforme a lei, caracteriza atentado à ordem econômica e aos direitos fundamentais do consumidor.

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Cristina Esteche

Jornalista

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