O começo do ano implica muitos gastos para a maioria dos brasileiros, as contas feitas no fim do ano, os boletos dos impostos como o IPTU e o IPVA, o material escolar para aqueles que têm filhos na escola e claro os gastos básicos da casa.
Este panorama se repete todos os anos para a maioria das famílias brasileiras, porém este 2022 mostra uma situação mais complicada. Segundo a informação da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) 76,1% das famílias começaram o ano endividadas, nível mais alto desde 2010.
Além disso, as famílias enfrentam a inflação que aumentou nos últimos meses e provocou que o preço dos serviços e dos produtos tivesse uma importante elevação, a instabilidade do mercado de trabalho e a alta das taxas de juros, fatores que contribuem para que as famílias aumentem as dívidas.
Diante desta situação, o planejamento financeiro para novos investimentos e compras foi paralisado, as famílias se viram na obrigação de revisar os planos para o futuro, cortar alguns gastos e reconsiderar as prioridades de consumo para os próximos meses.
Nessas situações, onde falta o dinheiro, frequentemente as famílias brasileiras procuram as instituições financeiras para fazer empréstimos e assim poder cumprir com todas as obrigações.
Na busca por manter o pagamento das contas em dia e sair das dívidas a procura na Internet para fazer simulações de empréstimos em janeiro deste ano aumentou 8,2% em relação ao mês de janeiro do ano passado e 450% em relação a dezembro de 2021 de acordo com o IFE (Índice FinanZero de Empréstimos).
Em fevereiro a procura por créditos, como é habitual, foi 4,3% menor em relação a janeiro, pois além de ser o mês mais curto, é frequente que janeiro seja o mês que registra maiores procuras deste tipo. Mas, houve 97% mais de buscas no comparativo anual, número elevado devido à situação econômica atual e ao nível de endividamento das famílias.
As Regiões Sul e Sudeste são as que mostram mais interesse na busca por créditos. Enquanto ao perfil de solicitantes 53% são homens com 35 anos aproximadamente e 78% das buscas são feitas por pessoas que não contam com estudos superiores.
No começo deste ano, assim como nos anos anteriores, a procura não foi diferente, as plataformas que liberam empréstimos on-line registraram um aumento de cerca de 40% na solicitação de créditos em relação a dezembro.
Como sempre é solicitado ao cliente a indicação do uso do capital, foi constatado que a maioria destes pedidos de empréstimos on-line eram para a quitação de dívidas, mais de 31% das solicitações. O segundo reunia apenas 16,35%, o motivo era a renovação da casa, e em terceiro lugar está o investimento no negócio próprio, que permite aumentar a renda, com 15,71% das solicitações.
Em fevereiro, os créditos para educação e para a saúde apresentaram interessantes aumentos no comparativo anual, 138% e 160% respectivamente.
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