Nesta segunda (28) Milton Ribeiro, até então ministro da educação, entregou pedido de exoneração ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Ribeiro está no centro de uma crise no MEC, que se intensificou na semana passada.
O jornal Folha de S. Paulo revelou um áudio que mostra o ministro, em uma reunião com prefeitos. No encontro, o então ministro dizia que, a pedido de Bolsonaro, repassava verbas do ministério a municípios escolhidos por pastores.
Entre os pedidos de propina relatados estavam, de acordo com os prefeitos, depósitos de R$ 15 mil e pagamentos em ouro. Dessa forma, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar irregularidades em repasses do Ministério.
PEDIDO DE EXONERAÇÃO
De acordo com Ribeiro, desde o dia 21 de março a vida dele sofreu uma grande transformação. Conforme a carta entre à Bolsonaro na tarde desta segunda (28), Ribeiro disse que notícias veiculadas na mídia levantaram suspeitas “acerca da conduta de pessoas que possuíam proximidade com o Ministro da Educação”.
Ribeiro ainda garantiu que durante a gestão dele na pasta, não houve um único ato “que não fosse pautado pela correção, pela probidade e pelo compromisso com o erário”.
As suspeitas de que uma pessoa, próxima a mim, poderia estar cometendo atos irregulares devem ser investigadas com profundidade.
De acordo com o ex-ministro, em agosto de 2021, quando teve conhecimento de denúncia acerca do suspeito, ele encaminhou expediente a CGU para que a Controladoria pudesse apurar a situação. “Tenho três pilares que me guiam: Minha honra, minha família e meu país. Além disso tenho todo respeito e gratidão ao Presidente Bolsonaro, que me deu a oportunidade de ser Ministro da Educação do Brasil”.
Dessa forma, Ribeiro explicou que decidiu solicitar à Bolsonaro a exoneração do cargo, com a finalidade de que não paire nenhuma incerteza sobre a conduta dele e do Governo Federal. Segundo Ribeiro, “vem transformando este país por meio do compromisso firme da luta contra a corrupção”.
O ex-ministro da educação ainda disse que tomou a iniciativa com o coração partido. “É um inocente que quer mostrar a todo o custo a verdade das coisas. Porém que sabe que a verdade requer tempo”. Por fim, Ribeiro disse que não está se despedindo da pasta.
Direi um até breve, pois depois de demonstrada minha inocência estarei de volta, para ajudar meu país e o Presidente Bolsonaro na sua difícil mas vitoriosa caminhada.
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