Hospital de Rebouças perde recursos e pode fechar

O Hospital Darci Vargas no município de Rebouças corre o risco de fechar as portas. O alerta está sendo feito pelo vereador Laércio Cipriano e ratificado pela vereadora Ivonete Strona Clazer que é funcionária do hospital. O “pano de fundo” dessa situação, segundo o vereador, é a regionalização do atendimento de saúde proposto pelo Governo do Estado e que reduz recursos do hospital ao transferir as guias de internação hospitalar (AIH) para outras unidades em outros município pertencentes à 4° Regional de Saúde, a exemplo de Rio Azul, Malet, Irati, Inácio Martins.

De acordo com o vereador, hoje um dos principais mantenedores do Hospital Darci Vargas é a Prefeitura que repassa R$ 40 mil por mês. Caso prevaleça a política de regionalização e a conseqüente queda nos recursos estimada em R$ 30 mil mensais a Prefeitura teria que aumentar o aporte financeiro. “O município não tem condições de bancar mais essa despesa e onde os nossos pacientes serão atendidos?” questionou a vereadora Ivonete Strona Clazer.

O chefe da 4° Regional de Saúde com sede em Irati, João Antonio de Almeida Junior, disse que não haverá redução no número de AIHs para a comunidade. O que está acontecendo é a intenção do Governo do Estado em rever os contratos com os hospitais. “ Os hospitais só vão receber pelas internações que fez”, afirma. Segundo João Antonio de Almeida Junior, até então o Estado vinha pagando a mesma consulta duas vezes. Por exemplo: um paciente chegava ao hospital para ser atendido por um ortopedista. Como o hospital não oferece atendimento nessa especialidade fazia o encaminhamento para outro hospital, e as duas despesas eram cobradas do Governo.

E é justamente no setor de especialidades que reside o problema das AIHs. A falta de profissionais especializados atinge o Hospital Darci Vargas fazendo com que o atendimento e, consequentemente, as guias de internações sejam encaminhadas para outros hospitais onde há o atendimento que o paciente necessita.
“A população vai ser continuar sendo atendida. Não vai mudar em nada”, assegura o chefe da 4° Regional.

Com a colaboração de Clyaton Burgath (site: portal de notícias)