A Polícia Civil instaurou quatro inquéritos para apurar a possível participação de três suspeitos no ataque ocorrido no domingo de Páscoa em Guarapuava. De acordo com o delegado-chefe da 14ª SDP o quarto investiga a morte de Robson da Luz Tavares ocorrido ontem (27) na Vila Bela. Conforme Rubens Miranda, as investigações estão sendo presididas pelo delegado-adjunto Alisson Souza. Ele tem 30 dias para concluir o inquérito.
Entretanto, segundo Miranda, a operação que acabou na morte do suspeito não teve a participação da polícia civil ou judiciária. Apenas pela PM. “As investigações cabem à polícia judiciária. Mas nesse caso estamos com uma força-tarefa que envolve as polícias civil, militar, federal, rodoviária. Além dos institutos. Mas não sabíamos dessa operação”.
Num relato com base em depoimento da Polícia Militar, Miranda disse que há a informação de que Robson atuaria como uma espécie de ‘hospital’ na noite dos ataques. Ou seja, a pessoa encarregada da abrigar possíveis marginais feridos. Enquanto um dos outros suspeitos presos agiria como ‘guarda-roupa’. Ou aquele responsável por guardar armas, munições e drogas da quadrilha.
Na casa dos suspeitos também foram encontradas drogas e um revólver calibre 38. Nesse último caso, o suspeito tem direito a pagamento de fiança. No entanto, o delegado não disse se este pagou ou não.
A MORTE DE ROBSON
De acordo com o delegado Rubens Miranda, a PM contou que chegou à casa onde Robson morava. Na chegada a equipe ouviu o barulho de sofá sendo arrastado, como sendo para formar uma ‘barricada’. Conforme o relato, policiais arrombaram a porta e viram que havia um homem, uma mulher e um cachorro Pittbul. Em virtude da raça do cão, a equipe mandou a mulher tirar o cachorro para fora. Também pediu que o homem erguesse os braços para cima. Todavia, segundo o delegado, Robson se aproximou da geladeira e os policiais o perderam de vista.
Contudo ao entrarem na casa, Robson já estava com um fuzil nas mãos e apontou para um dos policiais. Essa reação teria provocado os tiros fatais.
SIGILO
Conforme o delegado Alisson Souza, durante as investigações a Polícia Civil necessita manter o sigilo. Isso, sob a pena de atrapalhar o andamento do inquérito. Em relação ao número de tiros disparados contra o suspeito, ele disse que aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML). Allison também afirmou que a sociedade precisa entender que não se trata de roubo qualquer. “Se trata de uma organização profissionalmente organizada”.
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