Morte de Bin Laden não interfere no Ibovespa

O sentimento de alívio e euforia provocado pela morte do terrorista Osama Bin Laden, não refletiu na Bolsa de Valores brasileira. Muito menos nos números dos EUA, onde o índice Dow Jones e NASDAQ fecharam com pequena queda. Analistas dizem que a morte de Osama é um acontecimento frágil para alavancar as Bolsas, e que será substituído rapidamente por outros fatores.

O fato que deu origem a caça ao terrorista aconteceu no dia 11 de setembro de 2001. Nessa data, Osama Bin Laden, arquitetou um plano terrorista contra os EUA, onde dois aviões civis, seqüestrados por terroristas, chocaram-se contra as torres gêmeas de um dos maiores prédios de Nova Iorque, o World Trade Center. Em consequência desse ato, as Bolsas norte-americanas ficaram em recesso de sete dias. Ao retornarem as negociações, o Dow Jones caiu mais de 14% e o índice NASDAQ desvalorizou 16%. Aqui no Brasil, no dia dos ataques, o índice Ibovespa fechou em menos 9%. O gerente de investimentos, Lucas Ponchon (foto), que atua no mercado de ações pela Praisce Capital, empresa associada a XP Corretora, explica que o mercado financeiro absorve as notícias ruins mais rápido, por isso diante de um fato negativo as quedas são maiores.

Lucas lembra que atual queda pode ser um período de realização de lucros dos investidores, já que o Ibovespa teve um período muito bom enquanto as outras Bolsas de Valores regrediram. No mês de abril o índice teve uma queda de 3,58%. No ano, esse acumulado chega a -4,58%.