A tarifa de ônibus que pesa no bolso do usuário é insuficiente para manter os custos de operação do sistema de transporte coletivo no país. A afirmação é da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano. E quem sente essa situação muito de perto é o usuário de Guarapuava.
Conforme a empresa Pérola do Oeste esse cenário vem sendo divulgado publicamente. São as dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa. Há um acúmulo de prejuízo médio a partir de R$ 600 mil por mês há cerca de dois anos. Isso porque, de acordo com a empresa, vários fatores influenciaram para que esse modelo de contrato entre Prefeituras e concessionárias se tornasse insustentável.
Um deles é a oferta de aplicativos de caronas e aumento do número de veículos particulares. Tudo isso, impacta diretamente na queda brusca do número de passageiros. Além das circunstâncias do isolamento da pandemia e alta de preços dos combustíveis. Afinal, conforme a Pérola do Oeste, somente de dezembro de 2021 a maio deste ano houve um aumento superior a 40%.
De acordo com o presidente executivo da NTU, Francisco Christovam, somente uma ampla mudança no sistema ofertado pode resolver o problema.
Não existe solução de curto prazo para os problemas estruturais e complexos do transporte público no Brasil. Existem ações emergenciais que são urgentes e necessárias.
De acordo com a instituição, as esferas municipais, estaduais e federal, devem assumir as responsabilidades. Portanto, como poder concedente devem subsidiar na oferta do serviço à população. Para Ruy Camargo, diretor geral da empresa, em Guarapuava, a negociação com o Sindicato dos Funcionários e com a Prefeitura continua.
Essa situação, segundo a Pérola do Oeste, assim como empresas de diversas outras cidades do Paraná também passam pelos mesmos desafios em diferentes proporções. “Esperamos juntos encontrar uma solução que permita a continuidade da prestação do serviço à população, que infelizmente pode ficar muito prejudicada com tudo o que vem acontecendo”.
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