O governador Ratinho Junior disse nesta terça (31) que a certificação do Paraná como área livre da aftosa sem vacinação é a maior conquista do agronegócio. Isso porque o Estado reúne as condições para ampliar a competitividade no mercado internacional de proteína animal. Uma cerimônia no Palácio Iguaçu, marcou um ano da certificação concedida pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE).
De acordo com o governador, desde 1958 o Paraná buscava essa certificação. Conforme ele disse, é um selo de qualidade e sanidade animal que permite acessar países, que não compravam a carne do Estado por causa da vacinação.
Mais do que um grande produtor de alimentos, queremos ser o supermercado do mundo para industrializar tudo o que produzimos. Fazer com que a matéria-prima passe pela indústria e chegue ao exterior embalada e congelada.
Além do status sanitário, conquistado após a criação da Agência e Defesa Sanitária do Paraná (Adapar), outros fatores tornam a pecuária paranaense cada vez mais competitiva.
O Estado é o maior produtor de proteína animal do País. Somou uma produção de 6,213 milhões de toneladas de carnes bovina, suína e de frango no ano passado.
Conforme o Ministério da Agricultura, mais de dois milhões de toneladas de produtos foram exportadas pelo Paraná em 2021. Incluiu lácteos e pescados, o que somou US$ 3,4 bilhões (R$ 16,2 bilhões na cotação atual) na balança comercial.
INVESTIMENTOS
O Estado, de acordo com o governador, investe em áreas estratégicas para a produção do campo. Desse modo, ele destaca a infraestrutura e a agilidade dos processos de licenciamento ambiental em propriedades rurais. É o programa Descomplica Rural.
De acordo com o Governo, as melhorias estão previstas nos programas Paraná Trifásico, da Copel. Há a instalação de 25 mil quilômetros de redes trifásicas no campo. Assim, o benefício atinge agroindústrias, granjas e outros empreendimentos.
O Paraná também investe R$ 304 milhões para a pavimentação de mil quilômetros de estradas rurais em 202 municípios. Além disso, investimentos garantem a eficiência do Porto de Paranaguá. O projeto da Nova Ferroeste também garante mais agilidade para levar a produção ao mercado internacional.
SETOR PRODUTIVO
A competitividade da pecuária paranaense abre espaço para investimentos das cadeias de produção de carne e outros alimentos de origem animal. Um exemplo são as cooperativas agroindustriais. Estas preveem investir cerca de R$ 4,2 bilhões neste ano. Destes, R$ 700 milhões somente no abate de suínos.
As indústrias do setor também estão ampliando a participação no Paraná. Em Laranjeiras do Sul, a Agro Laranjeiras está investindo R$ 377 milhões. Vai implantar uma unidade de leitões, com a expectativa de gerar até mil empregos.
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