Apesar de muitas campanhas e instruções, os adolescentes brasileiros entre 13 e 17 anos estão usando preservativo cada vez menos. Com isso, aumentam o risco de transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e de gravidez indesejada. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o uso da camisinha entre adolescentes nas relações sexuais caiu nos últimos dez anos.
O dado é preocupante, considerando que além de evitar uma gravidez indesejada, o uso de preservativos também impede a transmissão de doenças no ato sexual. Entre elas, herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) e hepatites virais B e C.
De acordo com o IBGE, apenas 59% dos jovens entrevistados na edição de 2019 do levantamento disseram ter usado camisinha na última relação sexual. Em 2009, esse percentual chegava a 72,5%. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) que analisa 12 indicadores comparáveis de estudantes do 9º ano do ensino fundamental.
Conforme a pesquisa, a queda foi de 69,1% para 53,5% entre as meninas e, entre os meninos, de 74,1% para 62,8%. Ao mesmo tempo, também aumentou o percentual de adolescentes que já haviam tido relações sexuais (27,9% para 28,5%). Contudo, o índice caiu para os meninos (de 40,2% para 34,6%) e cresceu para as meninas (de 16,9% para 22,6%).
Outro dado importante mostra que, em 2019, 51,5% dos alunos do 9º ano nas capitais que já tinham tido relações sexuais tiveram a primeira vez com 13 anos ou menos.
Leia outras notícias no Portal RSN.