22/08/2023
Cotidiano

Reunião no GEC vira caso de polícia, mas pedidos de impugnação foram indeferidos

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A reunião do Conselho Deliberativo na noite desta segunda-feira (16) no Guarapuava Esporte Clube que decidiu pela participação das duas chapas concorrentes na eleição agendada para o sábado (21), virou caso de polícia. Seis viaturas da Polícia Militar foram chamadas e um boletim de ocorrência foi registrado.

A oposição não aceitou o resultado da reunião e disse que vai consultar a assessoria jurídica nesta terça-feira (17) para prorrogar a eleição. A alegação é de que não houve representatividade na reunião já que 13 conselheiros efetivos foram impedidos de participar da reunião. De acordo com presidente do Conselho Deliberativo, João Luiz De Laia, 11 suplentes foram convocados, mas cinco compareceram. A oposição dá outro número. “Tinha apenas três lá dentro. O presidente, um funcionário do clube (Neri José Pacheco) e um suplente (Sadi Zata Padilha). Não entrou mais ninguém e nós que somos efetivos estamos esperando aqui do lado de fora porque fomos impedidos de entrar”, afirma Ademir Daiprai.

Dois seguranças estavam postados na porta principal de entrada do alvinegro para impedir que conselheiros entrassem na reunião que decidiria sobre os pedidos de impugnação das duas chapas inscritas: a Eficiente liderada pelo atual vice presidente e responsável pela cobrança das mensalidades do clube, Jorge Barreto, e a Lobo Solitário que tem como candidato a presidente, o conselheiro fiscal Leônidas Gonçalves Franco.

Em frente a entrada principal seis viaturas da Polícia Militar estavam estacionadas. O clima entre a oposição é de revolta. “Nunca vi na história do clube os conselheiros serem barrados. Chamamos a polícia porque tem dois seguranças contratados pela diretoria para impedir a nossa entrada”, diz Daiprai.
“Eu sou sócio nato e não fui convocado e nem me deixaram entrar”, emenda Leonel Queiroz. O ex-presidente do clube, Cesar Osório foi até o local, mas se negou a participar da reunião pela situação criada com a não permissão da entrada dos conselheiros na reunião.
O presidente do Conselho Deliberativo, João Luiz de Laia já tinha dito à RSN antecipadamente que por uma questão de imparcialidade convocaria os suplentes para a reunião já que a maioria dos membros do conselho compõe as duas chapas. “Como um conselheiro vai deliberar em causa própria”, questionava o presidente Jacir Queirós.

Se a oposição diz que chamou a polícia porque foi impedida de entrar no salão social onde a reunião seria realizada, Queirós diz que a polícia foi chamada por ele porque conselheiros teriam ameaçado os seguranças. “O que valeu foi o meu chamado porque dentro do clube só entra com a minha permissão”, afirmou o presidente.

A DECISÃO
Após quase uma hora de ter entrado para a reunião o presidente do Conselho Deliberativo João Luiz de Laia saiu do local com uma pasta de documentos debaixo do braço. À imprensa anunciou que a reunião tinha sido realizada e que a decisão foi de que os pedidos de impugnação das chapas foram indeferidos.
“A minha posição pessoal é de que as duas chapas devem concorrer. Esta foi a decisão”, anunciou. De Laia disse que cinco ou seis conselheiros participaram da reunião, número que é contestado pela chapa oposicionista. “Não tinha esse número de pessoas lá dentro”, ratifica o conselheiro José Ubirajara Ribas.

De Laia disse foi ameaçado, que membros da oposição tentaram entrar à força na reunião e que foi preciso chamar o superintendente da Polícia Civil para acalmar um policial que faz parte da chapa de oposição. Esse fato foi negado pelos oposicionistas. Eles disseram que apenas um sargento da PM esteve no local para conversar com os demais policiais.

Em meio aos protestos dos conselheiros barrados o presidente do alvinegro Jacir Queiros foi até o pátio onde havia a aglomeração de pessoas e após saber o que havia acontecido confirmou a eleição com as duas chapas participantes.

“Para mim o que vale é a palavra do presidente do conselho deliberativo”, afirmou Jacir Queirós, que preside o clube.
“Não vamos aceitar essa decisão porque não tem representatividade” voltou a afirmar Ademir Daiprai. “Vamos tentar prorrogar essa eleição porque está sendo parcial”.

RECLAMAÇÂO
A oposição reclama que está boicotada em vários pedidos. “Não estamos tendo acesso à lista de associados. Já o outro candidato tem direito a tudo”, faz coro os conselheiros oposicionistas. “O Jorge é o cobrador do clube há anos. Por isso, conhece os associados”, justifica Queirós e diz que a secretaria libera a lista de associados se De Laia autorizar. “Ele é o presidente da comissão eleitoral”, emenda.

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Cristina Esteche

Jornalista

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