22/08/2023
Cotidiano

Por falta de área, Guarapuava pode perder 240 casas populares

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O presidente da Companhia de Habitação do Paraná, Mounir Chaowiche, realizou hoje, sexta-feira (20), em Pitanga, encontro com os prefeitos da Associação dos Municípios do Centro-Oeste do Paraná (Amocentro). Durante a reunião, Mounir esclareceu as dúvidas levantadas sobre o Programa de Habitação do Governo. “O Governo do Estado está empenhado em atender a todos os municípios que solicitarem casas populares, independente da situação partidária do prefeito ou da população que se cadastra para receber as casas, pois o objetivo é atender as famílias paranaenses. O Governo do Estado entende que a habitação é a base para boa formação familiar”, afirmou Mounir.
O presidente da Cohapar incentivou os prefeitos para que busquem novas moradias para os municípios. “Os conjuntos habitacionais geram novos empregos e levantam a auto-estima da população. Através das obras o comércio é movimentado, estimulando a economia da região”, falou.

Olhar diferenciado

Na avaliação do deputado estadual César Silvestri Filho (PPS), o Estado deve lançar um olhar diferenciado sobre os municípios da região da Amocentro. “Essa região tem um déficit habitacional muito grande e estamos concentrando esforços para atender o máximo possível aos prefeitos no que diz respeito a construção de novas casas. Estamos conseguindo apoio da Copel, da Sanepar e, principalmente, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, para facilitar os prefeitos tanto na aquisição das áreas a serem doados para a Cohapar, quanto na implantação da infraestrutura básica, que hoje são as maiores dificuldades para a efetivação dos novos conjuntos habitacionais, uma vez que são exigências diretas da Caixa Econômica Federal para a liberação dos recursos”, enfatizou o deputado.
O prefeito de Boa Ventura do São Roque e presidente da Amocentro, José Forekesvisk, demonstrou a sua confiança na forma de agir do presidente da Cohapar e do governador Beto Richa. “Estive no lançamento do Programa Morar Bem Paraná, em Curitiba, e percebi a postura e o modo de conduzir a habitação do Mounir. Estou confiante que esse Governo irá solucionar muitos impasses deixados pelo Governo anterior”, comentou.
Para o prefeito de Pitanga, anfitrião do encontro, Altair José Zampier, é necessário que haja mudanças na sistemática da Caixa Econômica para a liberação de recursos para projetos habitacionais. “Em Pitanga nós temos 1.300 famílias cadastradas para receber novas casas, sendo que 1.000 famílias têm renda de menos de um salário mínimo por mês. Deve haver uma maior flexibilização de acordo com a realidade de cada município por parte da Caixa Econômica”, afirmou o prefeito, que também elogiou a iniciativa do Governo do Estado em atender a demanda dos municípios e mediar junto com a Caixa Econômica a flexibilização das exigências aos municípios.

Guarapuava pode perder casas

Enquanto muitos municípios estão lutando para ingressar no Programa Habitacional da Cohapar, Guarapuava pode perder 240 novas casas, pois até o momento ainda não fez a doação da área onde seriam construídas as residências. “Até o momento nós conseguimos garantir o acesso do município a 360 novas casas junto à Cohapar. Foi um trabalho intenso junto ao Governo do Estado para que o município não perdesse também estas casas, uma vez que a administração municipal não se mobilizou até o momento para implantar a infraestrutura básica no local onde essas 360 casas serão construídas”, explicou o deputado estadual César Silvestri Filho.
De acordo com ele, a situação das 240 casas que ainda não têm a área definida é mais complicada. “Até o momento, o município ainda não se manifestou sobre a doação do terreno e nem sobre a implantação da infraestrutura básica, e isso pode fazer com que Guarapuava deixe de atender 240 famílias que estão cadastradas para o recebimento de suas casas novas”, alertou César Silvestri Filho.

Cristina Esteche

Jornalista

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