22/08/2023

Como os novos eleitores entendem um debate presidencial?

Em quatro anos o número de jovens de 16 e 17 anos prontos para votar cresceu mais de 51%, somando 2.116.781 milhões de pessoas (1,3%) do eleitorado total

Debate na Band na noite deste domingo (28) (Imagem: AP Photo/Andre Penner)

Os debates eleitorais possuem muita relevância por vários motivos. Primeiramente, é importante destacar que eles se tornaram ainda mais importantes após as eleições de 2018. Com campanhas mais curtas e menos gastos que nos anos anteriores, os candidatos enfrentam dificuldades para divulgar as candidaturas e propostas.

Nesse contexto, os debates televisionados tornam-se uma oportunidade ímpar de exposição. Enquanto o bloco de propaganda eleitoral na TV e no rádio duram pouco tempo, os debates demoram um pouco mais. Assim, se tem tempo suficiente para discutir os assuntos e deixar uma boa impressão na mente do eleitor.

O DEBATE

Por serem espaços de confronto de ideias, o eleitor tem uma grande oportunidade de comparar os posicionamentos dos candidatos e alcançar conclusões mais contundentes a respeito deles. Além disso, o debate eleitoral é o momento da campanha em que os candidatos estão mais expostos.

Você pode conhecê-los de uma forma que não conseguiria pelas propagandas, por exemplo, porque nelas toda a atenção está voltada para o candidato e tudo já foi preparado para que ele transmita uma boa imagem. Já em um debate, se divide a atenção com os adversários.

Nada é certeiro, pois o candidato pode sair muito bem, ou muito mal na foto. Tudo depende de cada capacidade, como pudemos ver na noite de ontem (28) no debate presidencial no canal da Bandeirantes. Desse modo, o improviso é mais um elemento que torna o debate um momento especial.

Não há como fugir, pois em um programa transmitido para milhares de pessoas, o “roteiro” é definido na hora, os candidatos têm grandes chances de serem pegos de surpresa. Para além de preparo prévio e de propostas consistentes, é preciso muito traquejo para elaborar boas respostas e conseguir se sair bem na fita para os eleitores.

NOVOS ELEITORES

Em comparação a 2018, quando os jovens de 16 e 17 anos somavam 1,4 milhão de votantes (0,95% do total), hoje há 2.116.781 de eleitoras e eleitores nessa faixa etária aptos a votar nas urnas eletrônicas, representando mais de 1,3% do total do eleitorado nacional. Ou seja, em quatro anos, o número de jovens de 16 e 17 anos prontos para votar cresceu mais de 51%.

Jovem eleitor (Imagem: Reprodução/Brasil de Fato)

Mas e agora, como estes novos eleitores que recém completaram 16 anos conseguem compreender um debate presidencial? Perguntamos para Renata Giacomitti, que tirou o título para votar pela primeira vez nas eleições de 2022 e ela diz o seguinte:

“Eu entendo que é por meio do debate que podemos conhecer melhor os candidatos e decidir com consciência para quem vai o voto e não desperdiça-lo”. Ela também alega que essa é uma boa forma de saber a verdade por trás das propagandas políticas e enxergar soluções para o futuro do Brasil.

*Com informações do TSE*

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