Você já ouviu falar em escoliose? Conheça os sintomas e procure um especialista

Escoliose (Imagem: Reprodução/Uol)

A escoliose consiste no desvio lateral da coluna, que na verdade também é tridimensional, pois está associada a rotação da mesma. Assim, é importante o diagnóstico precoce, porque por definição, para que seja um desvio patológico deve ter uma deformidade acima de 10°.

De acordo com o ortopedista Gustavo Werle Ribeiro, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT), o diagnóstico se dá por meio da radiografia simples, sendo solicitados outros exames apenas em casos particulares. Desse modo, a suspeição da patologia ocorre quando há fatores de risco ou quando existe uma deformidade evidente nas costas, que se chama ‘giba’.

Contudo, quando identificada por pais ou professores, o quadro já se encontra avançado. Isso indica que ao menor sinal de anormalidade você deve procurar um profissional habilitado, ou até mesmo instituir um programa de triagem nas escolas, visto que casos leves são assintomáticos e detectáveis somente por um exame específico.

SINTOMAS

Entre os sinais de escoliose, pode-se destacar:

– ombros e quadris assimétricos, sendo que um lado é mais alto do que o outro;
– cintura e costelas que parecem desviadas para um dos lados do corpo;
– mamilos em alturas diferentes;
– é possível ver as escápulas de apenas um dos lados do corpo;
– desconforto muscular.

CAUSAS

As causas podem ser divididas em: congênita, em que se tem uma vértebra anômala desde o nascimento. Ou em neuromuscular: onde se tem uma doença que predisponha a formação, sendo principal exemplo a Paralisia Cerebral e a idiopática, que é a mais comum e não existe uma causa identificável.

“Apesar de ser utilizado o termo “idiopático”, se sabe que existe algum componente genético, visto que existe aumento de incidência entre familiares”. Além de causar um transtorno estético, a escoliose pode trazer complicações para a saúde, como um desconforto muscular e o comprometimento da função pulmonar.

TRATAMENTO

A escoliose tem cura e quanto mais cedo diagnosticada no paciente, especialmente em períodos como a pré-adolescência, melhores as chances de recuperação e as possibilidades de evitar as complicações da doença. Por isso a importância do diagnóstico precoce.

O tratamento da escoliose idiopática em linhas gerais consiste em observação e radiografias periódicas em curvas menores de 25º, coletes em curvas até 45º, caso ainda não haja maturidade esquelética e a partir deste desvio já existe indicação de tratamento cirúrgico.

Para os cenários mais complicados, a cirurgia é a melhor opção, seja removendo a hemivértebra, seja inserindo hastes de metal. Cabe ao médico averiguar o caso de perto para decidir o melhor procedimento em cada caso de escoliose.

Por fim, se você tiver algum dos sintomas citados ou genética familiar, recomenda-se que consulte um médico especialista, neste caso, um ortopedista.

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