A deputada estadual Cristina Silvestri (PSDB), candidata à reeleição, saiu em defesa do cooperativismo e do agronegócio. Ela participou da 10ª Reunião do Grupo de Trabalho de Educação Política do Cooperativismo, na última sexta (23). A ação foi promovida pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).
De acordo com a assessoria da deputada, Cristina foi a única candidata da Região que participou da ação transmitida por plataforma on-line aos associados da entidade. “Sou produtora rural integrada e comprometida com o sistema cooperativista”. Durante 10 minutos, ela reafirmou o compromisso com o sistema cooperativista.
Conforme a deputada, não há como ser diferente. Isso porque todas as atividades da família estão dentro das cooperativas. Junto com o esposo, Cezar Silvestri (in memorian), Cristina é uma das fundadoras da CooperAliança, uma das maiores cooperativas de carne do interior do Paraná.
É, também, junto com os filhos, membro da Cooperativa Agrária Entre Rios Ltda. Trata-se de uma das instituições do segmento mais respeitadas em todo o Brasil.
Na esfera política, sempre estivemos ao lado das cooperativas. Isso ocorreu mesmo quando houve conflito de interesses com outros setores que disputam espaço com as cooperativas. Nestas divisões, nosso lado sempre foi o das cooperativas.
MAIS INFRAESTRUTURA NO CAMPO E SEGURANÇA TRIBUTÁRIA
Demonstrando conhecimento de causa sobre a agropecuária paranaense, a candidata apresentou um diagnóstico dos principais problemas enfrentados pelo setor. De acordo com a parlamentar, são gargalos que devem ter atuação na Assembleia Legislativa.
Assim, segundo Cristina, além de melhora permanente da infraestrutura nas áreas produtivas, a prioridade é o tratamento tributário diferenciado.
Vamos proteger a rentabilidade das cooperativas e cooperados. Sobretudo o fortalecimento do ato cooperativo, em defesa do direito à propriedade.
Conforme a candidata, é preciso mais investimentos do Estado na pesquisa e extensão agropecuária. Nesse sentido, ela defende o fortalecimento do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR). Isso inclui parcerias com instituições de pesquisas privadas. Citou como exemplo do Vale do Genoma, que reúne num mesmo ambiente pesquisa e inovação em genética humana, animal e vegetal.
Favorável a programas permanentes de conservação das estradas rurais, Cristina Silvestri afirmou que “é um absurdo” o Estado não investir o volume de recursos necessários para a qualidade do transporte da produção agrícola. Em razão disso, conforme afirmou, as prefeituras acabam assumindo responsabilidades que não conseguem atender adequadamente. Isso, por limitações financeiras, com prejuízos e aumento de custos para a cadeia produtiva até o consumidor final.
“O Estado deve contribuir mais”. Ela cita como exemplo o Estado de São Paulo, que investiu mais de R$ 12 bilhões na pavimentação de estradas rurais.
DEPUTADOS DEVEM BARRAR AUMENTO DE IMPOSTOS
A candidata também discorreu acerca da tributação de ICMS sobre operações internas com fertilizantes. Mencionou que São Paulo, Bahia, Pará, Minas Gerais, entre outros, cobram 1% sobre essas operações. No Paraná, o ICMS sobre operações dentro do Estado não é cobrado.
Vou me manter na defesa deste diferimento, pois os ICMS sobre insumos agropecuários oneram a cadeia de produção, sendo que o produtor rural dificilmente consegue repassar esse custo no preço de venda, já que o preço não é determinado pelo produtor. A Assembleia deve barrar um eventual aumento da tributação eventualmente proposta pelo Executivo.
Considerando o movimento de cargas vindas das cooperativas nos terminais portuários, Cristina Silvestri se declarou favorável a uma estrutura própria para os cooperados. Falou, ainda, sobre a importância do uso de bioinsumos para substituir, gradativamente, os defensivos químicos. Assim como a ampliação da rede de internet de alta velocidade para a área rural.
Por fim, a candidata comprometeu-se por mais investimentos na rede de energia elétrica trifásica. Essa carência, de acordo com Cristina, limita a agroindustrialização e prejudica os produtores da cadeia de carnes, suínos, peixes, frangos. E, até mesmo, dos produtores de fumo e leite que sofrem muito com os problemas de queda de energia. “Vou trabalhar junto ao Estado, através da Copel, um cuidado maior nos investimentos neste momento”.
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