Em setembro o valor da Cesta Básica de Alimentos de Guarapuava (CBAG) comprometeu 47,22% do salário mínimo, o que equivale a dedicação de 103,89 horas de trabalho. No mês passado, o valor da cesta com os 13 alimentos era de R$ 572,35. Desse modo, os trabalhadores que sentem o maior impacto da inflação, são os que ganham até três salários mínimos.
Considerando o gasto com alimentação, no mês de setembro o Salário Mínimo Necessário (SMN) em Guarapuava para suprir as necessidades básicas precisaria ser de R$ 4.425,65. Contudo, de acordo com o Núcleo de Estudos e Práticas Econômicas (Nepe) do Departamento de Ciências Econômicas (Decon) da Unicentro, o preço da cesta que vinha apresentando discreta queda ao longo do ano, apresentou redução de R$ 2,29 em setembro.
Conforme o Nepe, a deflação registrada foi de -0,40% em relação ao valor de agosto, que era de R$ 574,64. Porém em análise comparativa do ano, o valor da cesta básica em Guarapuava no montante de janeiro a setembro, subiu.
Apesar da tendência de deflação dos últimos meses, no acumulado de janeiro/22 a setembro/222 o aumento da CBAG foi de 15,16%.
De acordo com a Economista do Nepe/Unicentro, Luci Nychai, em setembro os produtos que mais subiram de preço foram os do grupo hortifruti. O grupo aumentou, em média 27,68%, assim como grãos 7,95%. Por outro lado, os produtos que puxaram a queda do valor da cesta foram o café 17,95% mais em conta, o óleo de soja com redução de 10,53% e os laticínios que baixaram 5,17%.
Esses aumentos nos preços se devem a fatores de entressafra e aumento de custos de produção.
Leia outras notícias no Portal RSN.