22/08/2023


Cotidiano Guarapuava

Terreno baldio vira cena de crime e preocupa moradores do entorno

Área já foi ocupada por famílias sem teto e agora se transformou em espaço para consumo de drogas, prostituição e depósito de lixo

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O terreno fica no bairro Xarquinho (Foto: Jô Araújo/Portal RSN)

Um terreno baldio, cercado por muros com blocos pré-fabricados, esconde matagal e lixo. Fica na rua Augusto Marcon nos fundos do bairro Xarquinho em Guarapuava. Muito mais do que o retrato das péssimas condições do lugar, sem urbanização, sem esgoto sanitário, o local mostra a ausência do Poder Público.

(Foto: Jô Araújo/Portal RSN)

O terreno, que não é pequeno, e que fica perto de um rio, está à mercê do tráfico e do consumo de drogas. Conforme moradores, a prostituição também encontra espaço ali. “Venham aqui depois das sete da noite pra vocês verem o desfile da prostituição e do consumo de drogas”. Uma das moradoras, que não quis se identificar, teve a concordância de outras três mulheres. “Temos filhos pequenos, filhas adolescentes que estão sem segurança. Já cansamos de pedir pra derrubarem esse muro. E não fizerem isso, nós vamos derrubar”.

(Foto: Jô Araújo/Portal RSN)

LIXO SE ACUMULA

A insegurança que ronda o local pode ser comprovada com a notícia da última sexta (14). Um assassinato no local por volta das 12h teve como vítima um possível usuário de droga. Uma criança encontrou o corpo logo após o crime.

É ali no terreno baldio que, conforme informações de um morador, havia uma ocupação irregular. “O dono veio aí e trocou por outro terreno no 2000 [residencial] e cercou esse lugar”. Conforme o morador, a Prefeitura disse que ali não pode haver casas para não poluir o rio. “Mas esse lixo e os ferros enferrujados que estão aí não poluem”? De acordo com outra moradora, esse espaço era um campo de futebol. “Me criei brincando ali e agora esse lugar se transformou numa área de risco para todos nós”.

(Foto: Jô Araújo/Portal RSN)

O Portal RSN esteve no local e constatou que se trata também de um espaço para moradores de rua. Há colchonetes, cobertores e roupas espalhadas, principalmente, no local onde houve o crime. É uma demonstração que há pessoas dormindo ali. “Eles vivem andando por aqui, pedindo comida nas casas”.

Por fim, até o momento da publicação desta reportagem a Prefeitura não enviou um posicionamento sobre a situação do terreno.

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Cristina Esteche

Jornalista

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