O vice-presidente de Tecnologia e Digital da Caixa Econômica Federal (CEF), Claudio Salituro renunciou ao cargo nessa segunda (17). Ao mercado, o banco emitiu o seguinte comunicado. “A Caixa Econômica Federal comunica à sociedade brasileira, aos seus clientes e empregados, e ao mercado em geral que o Conselho de Administração acatou, nesta data, pedido de renúncia, por questões pessoais, do Sr. Claudio Salituro ao cargo de Vice-Presidente de Tecnologia e Digital”.
A CEF ainda não indicou quem vai substituir Salituro. Conforme as informações apuradas, a decisão ocorreu durante a reunião do Conselho de Administração da Caixa. Assim sendo, o conselho analisou um relatório da corregedoria, com mais de 500 páginas, sobre as denúncias de assédio contra o ex-presidente do banco Pedro Guimarães.
FILMAGEM
Em julho, o site Metrópoles publicou vídeos em que Claudio Salituro aparece filmando e xingando servidores do banco. Na época, a Caixa afirmou que o material seria apurado pelo banco e por uma auditoria privada contratada após as denúncias virem à tona. A Caixa tem 12 vice-presidências. Desde o início das denúncias, Salituro é o quarto vice do banco a cair.
Assim sendo, antes houve a troca do vice-presidente de Negócios de Atacado, Celso Leonardo Barbosa, próximo a Guimarães e também citado em denúncias; o vice-presidente de Logística, Antônio Carlos Ferreira, cuja saída foi confirmada pela nova presidente do banco, Daniella Marques; e a vice-presidente da Rede de Varejo, Camila de Freitas Aichinger.
DENÚNCIAS
De acordo com as informações, as denúncias de assédio moral e sexual praticados pelo ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães, que comandava o banco desde o início do governo Jair Bolsonaro, vieram à tona no fim de junho. Funcionárias do banco que passaram pelas situações de assédio já tinham denunciado os casos à Justiça. E depois decidiram levar a denúncia à imprensa.
Conforme o MPT, a primeira denúncia de assédio sexual contra o ex-presidente da Caixa ocorreu em julho de 2019. Mas, de acordo com os procuradores, a empresa não adotou qualquer providência para investigar a denúncia. Desse modo, por causa da suposta omissão, o MPT pediu a condenação da Caixa Econômica Federal em R$ 305 milhões.
(*Com informações G1)
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