22/08/2023
Região Segurança

Gaeco prende ex-prefeito de Cândido de Abreu por desvio de recursos

A 'Operação Chão de Giz' também prendeu o ex-secretário Administrativo do Município. Eles fizeram parte das gestões 2013/2016 e 2016/2020

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Conforme o Gaeco, a prisão ocorreu na manhã desta quarta (9) (Foto: MPPR)

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Guarapuava prendeu nesta quarta (9) o ex-prefeito de Cândido de Abreu José Maria Reis Junior. Na ação em conjunto com o Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), o ex-secretário de Administração Sandroval Probst do município também foi preso.

Conforme o Ministério Público do Paraná (MPPR) os cumprimentos fazem parte dos 26 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão da ‘Operação Chão de Giz’. Ela apura a prática de crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa, fraudes a licitação e lavagem de ativos, peculato, entre outros.

Além dos mandados expedidos pelo Juízo Criminal de Cândido de Abreu, também houve para pessoas de Ivaiporã e Jardim Alegre. Bem como, São João do Ivaí e Cidade Gaúcha, no Norte Central do Estado.

OPERAÇÃO

De acordo com apuração do MPPR, empresários da Região de Ivaiporã teriam pagado propina ao ex-prefeito e ao ex-secretário de Administração de Cândido de Abreu (Gestões 2013/2016 e 2016/2020). O objetivo dos crimes era obter favorecimento em licitações conduzidas pelo Município, os valores ultrapassam R$ 200 mil.

Desse modo, em um dos contratos formalizados em 2016 entre os empresários e o Município de Cândido de Abreu, houve a previsão de aplicação de 300 toneladas de revestimento asfáltico do pátio de uma escola municipal. Embora integralmente pagos pelo Município, um relatório identificou que houve a aplicação de somente 85,2 toneladas. Isso possibilitou o desvio de R$ 66.588 dos cofres públicos.

As investigações ainda apontaram que diversas empresas administradas por um grupo econômico familiar teriam participado das mesmas licitações. Elas simulavam uma concorrência que não existia. Isso as permitia fixar o preço da licitação e frustrar a competitividade do procedimento. Além disso, há indícios de que os mesmos empresários teriam oferecido vantagens indevidas ao ex-prefeito e a dois vereadores de Cidade Gaúcha.

Eles doaram lotes urbanos aos funcionários da Administração. O Gaeco fez a prisão deles hoje. Por fim, o nome da operação se deve pelo fato de que em uma das licitações investigadas, o piso do pátio de uma escola teria sido feito em qualidade inferior, por conta dos desvios de recursos.

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Antunes

Jornalista

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