22/08/2023
Cotidiano Região

Barreado do Litoral conquista Indicação Geográfica do INPI

O anúncio garante padrões de preparo e qualidade a produtos típicos de determinada Região. Os vinhos de Bituruna também possuem o certificado

Morretes - Litoral do Paraná - Barreado. Foto: José Fernando Ogura/ANPr

O Paraná passa a ser o terceiro estado com mais Indicação Geográfica no Brasil (Foto: José Fernando Ogura/AEN)

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) reconheceu o Barreado do Litoral como o centésimo produto brasileiro com a Indicação Geográfica (IG). O anúncio feito nesta terça (6) garante padrões de preparo e qualidade a produtos típicos de determinada Região.

Um dos principais símbolos da gastronomia paranaense, o prato possui preparo típico e segue tradições de mais de 200 anos. Conforme a Agência Estadual de Notícias, ele foi registrado na modalidade Indicação de Procedência (IP). A Associação de Restaurantes e Similares de Morretes e Região, que engloba 11 restaurantes de Morretes, Antonina e Paranaguá recebeu a Indicação Geográfica.

Dessa forma, o Paraná passa a ser o terceiro Estado com mais reconhecimentos de origem no Brasil, com 12 produtos com o registro de IG. Além do Barreado do Litoral, o INPI certificou os Vinhos de Bituruna, que fica na Região de Guarapuava.

A Bala de Banana de Antonina, o Melado de Capanema e a Goiaba de Carlópolis também receberam o certificado. Bem como o Queijo de Witmarsum, as Uvas de Marialva, o Café do Norte Pioneiro, o Mel do Oeste. E ainda, o Mel de Ortigueira e a Erva-mate São Matheus e o Morango do Norte Pioneiro.

VINHOS DE BITURUNA

Quatro vinícolas formam a Associação dos Produtores de Uva e Vinho de Bituruna (Apruvibi). Desse modo, a partir de agora elas podem se apresentar ao mundo ostentando o selo. São elas as vinícolas Bertoletti, Sanber, Di Sandi e Dell Monte.

A história do vinho em Bituruna começou em 1940, com a chegada de imigrantes do Rio Grande do Sul na ainda Colônia Santa Bárbara. Os avós de Claudinei Bertoletti, proprietários de uma das vinícolas beneficiadas, estavam entre eles. “Os nonos trouxeram algumas mudas do Rio Grande e naturalmente houve uma mutação, que originou essa uva casca dura”.

PRODUÇÃO

A produção do vinho segue um caderno de regras técnicas. Isso porque, por ser uma uva com pouco mosto, há necessidade de três quilos para se produzir um litro de vinho. Mais que a bordô, que é dois por um, e bem superior à necessidade da niágara, que produz um litro com 1,4 quilo.

Dessa forma, a produção das quatro vinícolas contempladas com a IG chega, em média, a 60 mil garrafas por ano. “Estamos tentando ampliar os vinhedos, mas do preparo do solo, plantio das uvas até chegar à taça de vinho é uma caminhada de quatro a cinco anos”.

A conquista de Indicação Geográfica de Procedência contou com o apoio do Sebrae, da Prefeitura de Bituruna e de produtores da Região. “Mostramos a nossa cara para o mundo, que aqui a gente produz um vinho com qualidade, tradição e história”.

Bituruna sedia anualmente, entre julho e agosto, a Festa do Vinho, que atrai milhares de turistas. Além disso, em fevereiro haverá a 8° edição do Desafio Rota do Vinho. Organizado pela Associação dos Corredores de Bituruna (Acorb), os interessados em participar do desafio que ocorre no dia 5 de fevereiro de 2023 devem se inscrever no ticketsports.com até o dia 15 de janeiro.

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Antunes

Jornalista

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