O réu Audrey Bohrer que está sendo julgamento pela morte do ex-radialista Antonio Carlos Bernardino disse no Tribunal do Júri nesta quarta-feira (29) que agiu em legítima defesa. De acordo com o réu, o relacionamento que ambos mantinham era apenas profissional e não amoroso como foi cogitado pela imprensa com base em informações de amigos da vítima. Bernardino era homossexual.
Audrey disse em seu depoimento que sempre ia até o apartamento de Antonio Carlos para buscar súmulas, já que a vítima era presidente da Liga de Futebol Amador de Guarapuava e ele (réu) atuava como árbitro.
No dia 23 de dezembro de 2009 Audrey disse que a súmula não tinha sido deixada na portaria do prédio como sempre Antonio Carlos costumava fazer. Por isso, subiu até o apartamento da vítima. De acordo com o réu, ao entrar no local, a vítima o chamou para ir até o quarto buscar a súmula e ao entrarem Antonio Carlos tentou estuprá-lo. Audrey contou que ambos entraram em luta corporal e que a faca usada no crime estava com Antonio Carlos e foi retirada pelo réu.
A vítima foi morta com 12 golpes de faca de cozinha na madrugada de 24 de dezembro de 2009. Câmeras internas existentes no Edificio Emiliano Medeiros, onde a vítima morava, registraram a entrada e a saída de Audrey no dia do crime.
O promotor Mauro Dobrowolski contesta o depoimento do réu e insiste na tese de que ambos mantinham um relacionamento amoroso. Amigos da vítima também confirmam o caso. O promotor diz que Antonio Carlos tentou romper o relacionamento provocando a briga seguida de morte. Ele pede a condenação do reú por homicídio simples.
Maiores detalhes daqui a pouco.
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