Em 2022 o gasto com a Cesta Básica de Alimentos em Guarapuava registrou o maior comprometimento do salário mínimo desde 2017. De acordo com o Núcleo de Estudos e Práticas Econômicas (Nepe) do Departamento de Ciências Econômicas (Decon) da Unicentro, em 2022 o aumento foi de 21,18%.
Segundo a publicação do Nepe, a cesta básica comprometeu 49,69% do salário mínimo dos moradores do município. Isso equivale à uma dedicação de 109,32 horas de trabalho. “O maior impacto da inflação de alimentos recai sobre os trabalhadores que ganham até três salários mínimos”.
Para fazer frente às necessidades de gastos com mensais de vestuário, despesas pessoais, educação, transporte, habitação, comunicação, saúde, cuidados pessoais e artigos de residência, precisaria ser de R$ 4.656,84.
Contudo, apesar do valor da cesta básica em dezembro ter fechado em R$ 602,25, o Nepe observou pelo segundo mês consecutivo uma ligeira queda no preço dos produtos. Conforme a Economista Luci Nychai, em outubro do ano passado houve um aumento substancial na cesta básica. Ela atingiu R$ 612,60, representando um acréscimo de 7,03% em relação a setembro.
Em dezembro, o grupo de produtos dos hortifrutis apresentou uma retração nos preços de 4,97%, com destaque para a banana que teve uma queda de 25,10% no valor. Seguido pelo óleo de soja que baixou 3,78% e a carne bovina de 3,66%. Já o açúcar aumentou 28,53%, o pão francês 7,69%, a batata 5,90%, o tomate 4,30% e o leite +3,97%.
INFLAÇÃO
Por fim, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado da categoria de Alimentação no domicílio fechou em 2022 em aproximadamente 13%. De acordo com Luci, ao verificar o aumento dos preços dos alimentos, observa-se um cenário crítico para o orçamento já restrito do trabalhador.
“Essa disparidade entre o índice de inflação de alimentos oficial e o índice de preços dos alimentos da Cesta Básica revela a necessidade de implementação de políticas públicas de abastecimento e oferta de alimentos”.
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