A Justiça começou nesta semana as audiências de instrução e julgamento de réus e testemunhas do ataque a Guarapuava no fim da noite do Domingo de Páscoa, 17 de abril de 2022. Os bandidos sitiaram a cidade e fizeram ataques em série. Houve tentativa de assalto a uma empresa de transporte de valores. O bando também atacou a sede do 16º Batalhão de Polícia Militar com tiros.
Além disso, os bandidos atearam fogo em veículos na frente do quartel. Na ação, um policial acabou atingido com um disparo na cabeça e morreu dias depois. Posteriormente, em homenagem ao Cabo Ricieri, o batalhão recebeu o nome dele. O ataque foi executado no modelo conhecido como novo cangaço.
Os ladrões chegaram a entrar na empresa, mas conforme a polícia, não conseguiram acessar o cofre e fugiram sem levar dinheiro. As investigações levaram à denúncia de dezenas de pessoas pelo Ministério Público e à abertura de três ações penais. As audiências desta semana são relativas a dois presos: Anderson Parra Pereira e Sidnei Alves Pinto.
Eles respondem pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), porte de armas de uso restrito, sequestro de oito pessoas usadas como escudo humano, cinco incêndios e dano ao patrimônio público. Até o fim desta quarta (18), a justiça ouve as testemunhas de acusação. Na quinta (19) é a vez das testemunhas de defesa. E na sexta (20), os dois réus serão ouvidos no Fórum de Guarapuava.
De acordo com as informações, depois dos depoimentos, a juíza responsável pelo caso abre espaço para as alegações finais do Ministério Público e da defesa. Na sequência, a magistrada define a sentença.
RÉUS PRESOS EM SÃO PAULO
Conforme o Ministério Público, Parra foi o primeiro a ser preso. A polícia o encontrou em Hortolândia/SP, e ele permanece detido desde 8 de maio de 2022. O outro réu, Sidnei Alves Pinto, conhecido como ”Cigano”, foi preso em 1º de junho, no Guarujá/SP.
Segundo o MP, ele é considerado uma das principais lideranças de uma facção criminosa e do planejamento do assalto. Por fim, além dos dois réus, outras 22 pessoas acabaram presas pelo ataque a Guarapuava e serão julgadas em outros processos.
(*Com informações do G1)
Leia outras notícias no Portal RSN.