O município de Irati pode se tornar o precursor no plantio e cultivo de oliveiras no Paraná. Representando uma diversificação da agricultura em Irati, esse tipo de cultivo tem um mercado em expansão no mundo. Por isso, nessa semana, a Secretaria de Agropecuária, Abastecimento e Segurança Alimentar da Prefeitura de Irati promoveu um Dia de Campo para orientar produtores.
Somente no Brasil, cerca de 90% do azeite consumido é importado. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais entraram no mercado de oliveiras e tem obtido êxito. Dessa forma, Irati pode abrir caminho para uma nova cultura no Estado.
Conforme a Secretaria de Comunicação da Prefeitura, o foco do Dia de Campo ficou na plantação de oliveiras para produção de azeites. Nesta edição, os produtores e técnicos visitaram a propriedade de Márcio Thomaz, no bairro Nhapindazal. Ele é um dos precursores da cultura de oliveiras na região.
Além dos produtores rurais do município e da região, também estiveram presentes o presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) e o engenheiro agrônomo e consultor de olivicultura, Fabricio Carlotto. Conforme o secretário de Agropecuária, Abastecimento e Segurança Alimentar, Raimundo Gnatkowski, o evento foi muito produtivo.
Nós já estamos sabendo que municípios que tem produção de pêssego são facilmente adaptáveis a olivicultura. Então, já mostra para nós esse potencial sendo viável em Irati. Nosso clima e solo faz com que o município seja o lugar perfeito para produção.
De acordo com o presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes, o Brasil consome em média cerca de 100 milhões litros de azeite por ano, sendo que apenas 0,5% representa a produção pelo país. Ele destaca a importância do Paraná e de Irati entrar nesse mercado e assim aumentar a produção nacional.
A região tem a vocação para a olivicultura, os técnicos e as plantações já comprovaram isso. É muito importante entrar nesse mercado. Ter o paranaense com sua tradição de construir novas possibilidades com competência, para nós (Ibraoliva) é uma segurança e uma alegria muito grande.
Márcio Thomaz, proprietário e produtor de oliveiras, cultiva mais de 6 mil plantas de quatro espécies na propriedade: Arbequina, Arbosana, Koroneiki e Picual. Conforme ele, essas espécies se adaptaram mais ao solo de Irati até o momento
Engenheiro agrônomo e consultor de olivicultura, Fabricio Carlotto, acompanha a produção de Thomaz de perto, fazendo visitas semestrais a plantação. Por fim, ele destaca o potencial que enxergou na região e prospecta em breve a primeira produção em Irati. “Acredito que em breve nós teremos aqui o primeiro azeite produzido em Irati”.
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