Neste fim de semana cerca de 45 pessoas saíram de Guarapuava com o destino à Curitiba para prestigiar o Festival de Curitiba. A viagem custeada pela Secretaria de Cultura atendeu a solicitação do Departamento de Arte da Unicentro. Mas não foram somente acadêmicos do curso que estiveram na capital. Outras pessoas, admiradoras da quinta arte, também acompanharam a caravana, incluindo parte da equipe Rede+.
O ônibus saiu de Guarapuava às 6h25 e por volta das 10h30 chegou na Praça João Candido, que fica no Centro da cidade. No local haviam várias exibições de teatro em diferentes estilos, como o de boneco e o genuinamente brasileiro, conhecido por ‘lambe-lambe’.
Nele os artistas utilizam formas animadas que ocupam um espaço cênico muito pequeno formado por um palco em miniatura. Ele é confinado em uma caixa preta de dimensões reduzidas ou em um espaço de qualquer formato, mas que precisa ser obrigatoriamente fechado.
Para a secretária de cultura Rita Felchak, que também acompanhou a excursão, “esse intercâmbio cultural enriquece a formação dos futuros professores e os processos de criação dos nossos artistas”. Por isso que a Secult promove, sempre que possível, o acesso de Guarapuava a importantes eventos de cunho cultural que ocorrem em outros municípios.
ARTISTAS GUARAPUAVANOS NO FESTIVAL
Antes de falar sobre os encontros com artistas guarapuavanos que participam da 31ª edição do Festival de Curitiba, que tal saber um pouco sobre este que é o maior Festival de artes cênicas da América Latina?
Conforme a história do evento disponibilizada no site do festival, onde também há todas as informações sobre as peças, o Festival de Curitiba nasceu em 1992 como um presente de aniversário para a cidade. “Desde então promove o encontro das artes com o entretenimento na capital do Paraná”.
Nele o público encontra apresentações em diversos gêneros, como o Fringe, Risorama e Gastronomix. Bem como o Programa Curitiba, Mish Mash e Interlocuções.
Em 2023, chegamos à 31ª edição como um canal de formação, atualização e reflexão de artistas e público, fazendo da cidade o palco de todos. Em quase trinta anos, passaram por aqui mais de três milhões de pessoas e cinco mil peças de centenas de companhias do Brasil e do mundo.
Fazendo parte desta história estão dois artistas guarapuavanos. Elder Kloster, com lindas peças pensadas para a rua com os ‘Barbacas’ e Marcela Perbiche no espetáculo ‘Tudo o que eles não querem é a verdade’, com o Loucas Coletivas.
Durante a tarde parte da carava prestigiou a apresentação dos Barbacas na Praça Santos Andrade em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
E para encerrar a noite e a viagem, por volta das 22h o grupo assistiu Marcela Perbiche na peça que reflete sobre casos de mulheres desaparecidas durante a Ditadura Militar do Brasil, que ocorreu no Teatro Regina Vogue.
MAIS CULTURA PARA GUARAPUAVA
Para Rita, ver artistas locais conquistando espaço fora de Guarapuava significa felicidade. Em contrapartida, isso também acende um alerta sobre a ‘migração cultural’.
O fato de nossos artistas precisarem ir para os grandes centros para conseguirem viver da arte que produzem nos motiva ainda mais a tentar promover a cultura do nosso município. Para que assim, chegue a um ponto que eles [os artistas] não precisem ir embora de Guarapuava.
Ainda conforme a secretária de cultura, Guarapuava possui um cenário cultural com muito potencial de crescimento. “Gerando não apenas mais cultura e entrenimento, mas também empregos, oportunidades de trabalho e produção na economia criativa”.
DE VOLTA PARA CASA
Desse modo, após um dia de muito entretenimento e inspiração, o grupo que viajou mais de 200 quilômetros até Curitiba embarcou no ônibus de volta para Guarapuava e enfrentou o mesmo trajeto. Após, aproximadamente, quatro horas de viagem, todos desembarcaram em frente a Casa da Culturapor volta das 3h45 da madrugada.
Levando mantas e mochilas nos braços, cada um voltou para casa com uma perspectiva diferente desse que, certamente, foi um dia feliz para todos.
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