A morte do policial civil aposentado Luiz Carlos Moreira de 58 anos, no dia 27 de novembro de 2022 em Guarapuava, tem novos desdobramentos. Dias após a morte, dois filhos de Luiz deram entrevista ao Portal RSN. Eles afirmaram que o pai registrou um boletim de ocorrência onde suspeitava que tinha sido envenenado.
Além disso, de acordo com o boletim, a vítima apontou como “a mentora intelectual” do suposto envenenamento por meio de um suco de abacaxi, a ex-namorada de 58 anos. A filha dela de 41 anos também estava sob investigação. O policial passou mal no dia 22 de novembro, chegou a ser internado no Hospital São Vicente, mas não resistiu.
Segundo a declaração de óbito assinada por um médico do Instituto Médico Legal (IML) de Guarapuava, a causa da morte consta como ‘suspeita de envenenamento’. Contudo, nessa quarta (5), o caso traz outras informações. O Portal RSN teve acesso ao laudo pericial (exames de sangue e urina), do policial.
COCAÍNA
O advogado criminalista Marinaldo Rattes, que defende as acusadas de supostamente terem envenenado o policial civil aposentado, destaca que há grandes possibilidades de a morte do policial estar ligada ao uso de entorpecentes (cocaína).
“O princípio ativo da cocaína foi encontrado nos exames de sangue e de urina de Moreira”. Ainda de acordo com Rattes, “o julgamento antecipado das acusadas ao serem expostas publicamente nas investigações policiais, acarretaram a elas danos morais de difícil reparação”. De acordo com o criminalista, as provas caminham para a ausência de responsabilidade das investigadas pela morte do policial civil aposentado.
Para o criminalista, embora pendente o laudo conclusivo a ser realizado pelo Perito do Instituto de Criminalística do Estado do Paraná vai elaborar sobre a causa da morte, há neste momento laudo oficial toxicológico elaborado pelo ICP. Conforme o advogado, esse laudo abaliza para ausência de outras substâncias pesquisadas, como veneno por exemplo, sendo notório que o prontuário médico hospitalar juntado recentemente aponta como causa da morte “parada cardiorrespiratória em assistolia”.
Desse modo, Rattes assenta o entendimento de que “não houve o envenenamento do policial civil aposentado, sendo que restará provado que as acusadas são inocentes dos crimes apontados no inquérito policial”. O Portal RSN entrou em contato com o advogado da família do policial, que enviou uma nota oficial.
“A família de LUIZ CARLOS MOREIRA informa que confia e acredita na justiça. Esclarece que a denúncia de envenenamento foi feita pelo próprio LUIZ CARLOS MOREIRA, que registrou o boletim de ocorrência, apontou quem seriam as autoras do suposto fato, bem como, se submeteu VOLUNTARIAMENTE aos exames após o registro da ocorrência. O inquérito policial ainda está em andamento e não possui uma conclusão sobre o ocorrido, sendo que a família de LUIZ CARLOS MOREIRA aguarda a solução do caso de forma mais célere possível, inclusive em relação aos exames para delimitação do ocorrido, que estão pendentes de conclusão e ainda não foram todos realizados”.
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