O consumo de pescado tradicionalmente aumenta neste período de celebração da Páscoa. Por isso, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) orienta a população sobre as características que indicam a qualidade dos produtos.
Nesta quinta (6), os moradores de Guarapuava vão poder garantir o pescado na Feira do Peixe Vivo. A venda vai ocorrer na Praça Cleve a partir das 8h. Contudo, na hora da compra, o consumidor precisar ter atenção porque o pescado é altamente perecível.
De acordo com a Jaqueline Shinnae de Justi, da Coordenadoria da Vigilância Sanitária da Sesa, os consumidores precisam ter cuidados relacionados à conservação e armazenamento dos peixes. “É importante verificar se as escamas estão bem aderidas à pele. E, além disso, os olhos precisam estar brilhantes, o peixe deve ter odor suave e a carne, ao ser pressionada, deve ser firme e elástica”.
No caso dos crustáceos, o aspecto deve ser igualmente brilhante e úmido, corpo com curvatura natural rígida. Outro aspecto importante é o da carapaça que precisa estar bem aderida ao corpo, odor e cor característicos da espécie, sem pigmentações estranhas, artículos firmes, olhos vivos e destacados.
O armazenamento precisa ser feito com gelo ou balcões refrigerados a uma temperatura em torno de -2ºC e 2°C. Além disso, a Saúde também faz a mesma orientação para marisco, mexilhão, ostra, lagosta, camarão, lula, polvo e peixe em posta.
CONGELADOS
Para os produtos congelados, é importante verificar a validade e condições da embalagem. Os que apresentam acúmulo de água ou gelo podem ter sido descongelados e congelados novamente. E dessa forma, podem comprometer a qualidade do alimento.
Durante a manipulação, os comerciantes precisam estar com mãos sempre limpas e utilizando utensílios e equipamentos higienizados e em bom estado de conservação.
O consumidor também deve avaliar o local de comercialização do peixe, pois deve ter higienização com frequência. Além disso, as escamas devem ser descartadas em lixeiras com tampa e acionamento não manual.
O consumo de pescados em condições impróprias pode trazer diversos problemas de saúde, como a ocorrência de parasitoses, sintomas gastrointestinais e surtos alimentares de gravidade variável causados pela presença de microrganismos patogênicos.
Os sintomas mais comuns após o consumo desses produtos impróprios são náuseas, vômitos, dores abdominais e diarreias. Também há casos em que as pessoas podem apresentar quadros severos de intoxicação.
NUTRIENTES
De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde (MS), os peixes frescos são ricos em proteína de alta qualidade, vitaminas e minerais. Além disso, pesquisas têm demonstrado a existência de compostos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
A nutricionista e coordenadora de Promoção à Saúde da Sesa, Elaine Cristina Vieira de Oliveira, explica que os peixes possuem nutrientes importantes.
Faz parte da composição para uma alimentação cardioprotetora, ou seja, com potencial de proteger a saúde do coração, indicada para toda a população. Em especial, para pessoas com excesso de peso, pressão alta, diabetes, colesterol e triglicerídeos altos, ou que tenham histórico de infarto, cirurgia do coração e acidente vascular cerebral.
Já os produtos que contenham peixes conservados em sal ou óleo ou enlatados são considerados processados e devem ter o consumo moderado. Por sua vez, os peixes empanados do tipo nuggets e embutidos, incluem na composição substâncias como gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, emulsificantes e outros aditivos que os consumidores devem evitar.
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