Os produtores de Nova Tebas vão começar a produzir polpas de fruta e assim, podem ampliar o mercado e garantir mais renda para 48 cooperados. Quem vai produzir será a Cooperativa dos Agricultores das Comunidades 300 Alqueires, Vila Rural, Água das Martas, 1000 Alqueires e Alvorada (Cooperatvama), do Distrito de Poema.
Conforme a Agência Estadual de Notícias (Aen), toda a produção segue o sistema orgânico. A Cooperatvama já participou de dois editais e conseguiu R$ 541,6 mil. Os recursos custearam a colocação de placas de energia solar, projeto de captação e reserva de água da chuva e a compra de equipamentos.
Dessa forma, o valor serviu para melhoria da agroindustrialização, proteção dos trabalhadores e para práticas adequadas de higiene e sanidade. Parte do sucesso se deve ao Programa Estadual de Apoio ao Cooperativismo da Agricultura Familiar (Coopera Paraná).
O carro-chefe da Cooperatvama é a acerola, que dá às pencas na Região. Mas outras frutas ganham espaço como a manga, goiaba, maracujá, abacate, uva, lichia, banana, morango e goiaba. De acordo com a presidente da cooperativa, Lucy de Fátima Goularte, somente no ano passado, houve a captação de 110 toneladas de acerola da produção 100% orgância.
Por enquanto, vendemos as frutas congeladas, mas na próxima safra de acerola em setembro queremos ter as polpas.
UNIÃO
A cooperativa nasceu em 2007 e teve em Lucy uma das inspiradoras. Após sobreviver a um acidente, diz ter buscado na religiosidade um novo caminho. “Pensei: “se tivesse morrido o que eu teria deixado de bom?”. Mas fiquei viva. No mesmo período outro produtor da Região estava deixando o campo para morar na cidade. Foi aí que entendi que precisava de união, parar de pensar só em mim para pensar em todos”.
Formada em Educação Física, ela decidiu interromper a carreira de professora, emprestou uma parte da propriedade do pai e passou a se dedicar integralmente à produção orgânica.
Nossos antepassados destruíram muito, se fosse continuar a mesma coisa estaria destruindo mais, acabando com nossa saúde e colocando alimento de péssima qualidade na mesa das pessoas.
Entre os investimentos, a captação da água da chuva vai ajudar a enfrentar um problema de solo raso, que faz com que a água escorra rapidamente. “A gente precisa de caminhão-pipa, mas como ter uma agroindústria abastecida com caminhão-pipa?”. Conforme Lucy, a captação da chuva vai trazer economia de cerca de 70% de água potável. As caixas utilizadas permitem armazenamento de 45 mil litros.
OUTROS INVESTIMENTOS
Em Rio Bonito do Iguaçu, com recursos também do Estado, houve a entrega de três tratores agrícolas e dois veículos utilitários. Além disso, o município recebeu uma carreta basculante, duas ensiladeiras, seis botijões para sêmen, um ultrassom veterinário e um arado subsolador.
O convênio tem valor de R$ 995,9 mil, dos quais R$ 769,6 mil são provenientes do Programa Paraná Mais Cidades e o restante contrapartida municipal. Por fim, o programa ocorre com uma parceria entre o Executivo e o Legislativo na distribuição de recursos para o desenvolvimento dos municípios.
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