A Universidade do Centro-Oeste (Unicentro) entra em greve a partir de segunda (22). A decisão dos professores ocorreu na tarde de ontem (17), após Assembleia Geral Extraordinária on-line com o Sindicato dos Docentes da Unicentro (Adunicentro). O comunicado feito à reitoria informa a paralisação e solicita a suspensão do calendário acadêmico/universitário.
A decisão corrobora com o movimento estadual das IEES/PR. A Unicentro é a última universidade a decidir pela paralisação, já que Unioeste, Uenp, Uepg, Unespar, Uel e Uem estão em greve desde segunda (15). De acordo com o sindicato, a paralisação busca a recomposição da data-base da categoria.
Conforme o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), os docentes questionam o reajuste salarial de 5,79%, anunciado pelo governo do estado, diante das perdas salariais, que acumuladas, chegam segundo o sindicato, a 42%.
Segundo a Adunicentro, “em maio de 2023, as perdas inflacionárias nos salários chegam a inaceitáveis 42%, desde 2016”. Além disso, a greve é por aprovação da “proposta de melhoria do plano de carreira docente das universidades estaduais”.
O comunicado ainda solicita a suspensão do Calendário Acadêmico Universitário a partir de 22/05/23, para que, após o período greve, as reposições de aulas possam ser organizadas de modo adequado para docentes e estudantes.
Por fim, diante da dificuldade em negociar com o governo do estado, o Andes afirmou que a paralisação vai pressionar o governo estadual a “abrir uma mesa de negociação pela reposição salarial, e também para apresentar prazos concretos em relação à proposta de carreira docente”.
SETI
Em nota, a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) informou que tem discutido as pautas que envolvem os professores e funcionários das instituições com lideranças e sindicatos que representam as categorias.
A pasta informou ainda que “a proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários”. E que a greve é “precipitada e pode prejudicar o diálogo”.
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