A Região de Guarapuava é conhecida por matas, fazendas e áreas rurais, com ambientes de fatores de risco para o contágio da febre Maculosa. De acordo com a médica veterinária e coordenadora de zoonoses Dalvane Di Domenico, “o município não tem até o momento, nenhum caso suspeito clínico da doença e nem notificações nos últimos anos”. Ou seja, não há histórico clínico.
Mas um surto da doença em São Paulo matou quatro pessoas e existe 16 casos suspeitos, o que causa alerta em todo o Brasil para a incidência da febre maculosa. Principalmente porque a contaminação ocorre por meio da picada do carrapato-estrela. O inseto pode ficar em áreas com acúmulo de folhas secas, mata, gramado, beira de rios, lagos, córregos, fazendas e pastos.
Além disso, o carrapato prefere animais de grande porte, como capivaras, bem como cães, aves domésticas e roedores. A doença é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia e a transmissão ocorre pela picada de carrapato infectado, principalmente pelo carrapato estrela. Ou seja, a transmissão da doença não se dá de pessoa para pessoa, mas por meio da picada do carrapato.
CONTAMINAÇÃO
De acordo com as informações, a febre maculosa pode se manifestar desde uma forma leve até mais graves, podendo provocar hemorragias e o comprometimento de vários órgãos de nosso sistema. Sendo assim, para prevenir é preciso evitar locais onde haja exposição ao inseto. Porém se necessário, verifique a cada duas horas se há algum inseto preso ao corpo.
O Ministério da Saúde indica que, ao visitar uma dessas Regiões de maior risco, a pessoa utilize roupas claras. Isso porque a cor ajuda a identificar mais rapidamente o carrapato, que tem cor escura. Também é importante usar calças e blusas com mangas compridas e utilizar botas. Se possível, diz o ministério, deve-se prender a barra da calça à meia com fita adesiva.
Outra orientação da pasta é que a pessoa utilize repelentes, principalmente os que tenham como princípio ativo DEET, IR3535 e Icaridina. Além disso, evite carrapatos nos animais de estimação, mantenha-os com o controle preventivo de ectoparasitas.
COMO RETIRAR
Caso encontre carrapatos grudados ao corpo, é importante que a remoção seja feita com uma pinça, e não com os dedos. Além disso, a pessoa não pode encostar objetos aquecidos ou agulhas para retirar o bicho. Conforme o ministério, “não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença”.
Após o uso, todas as peças de roupas devem ser colocadas em água fervente para a retirada dos carrapatos. Mas atenção, a pessoa pode adoecer caso tenha contato com o carrapato por um período mais prolongado, de quatro a 10h, para que possa ocorrer a transmissão dessa bactéria pela picada do carrapato.
SINTOMAS
Os sintomas da doença incluem febre, dor pelo corpo, dor de cabeça e manchas avermelhadas. Por isso, se apresentar os sintomas, o paciente precisa ir até uma unidade de saúde. A procura pelo serviço médico deve ocorrer rapidamente, assim que surgirem os primeiros sintomas da doença, que costumam aparecer entre dois e 14 dias após a picada pelo carrapato infectado.
O paciente precisa informar que teve contato com carrapatos ou em área de risco pelos últimos 10 dias. Isso porque o tratamento utiliza antibióticos específicos.
(*Com informações da TV Brasil)
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