Com as férias escolares, muitas crianças saem da rotina alimentar e aproveitam para comer gostosuras. Mas os pais e responsáveis precisam ficar em alerta para os dados de obesidade infantil. De acordo com os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), somente em 2022 houve a avaliação de 639.515 crianças menores de 10 anos e 326.912 adolescentes. O excesso de peso foi identificado em 37,6% dos adolescentes e 23,7% das crianças. Ou seja, cerca de 60% da população nesta faixa etária.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promove diversas ações no sentido de fortalecer a prevenção da obesidade em crianças e adolescentes. Além de trabalhar a importância do cuidado no Paraná. O objetivo é manter o monitoramento contínuo e a identificação precoce de alterações no peso.
Conforme a nutricionista Cristina Klobukoski, da Divisão de Promoção da Alimentação Saudável e Atividade Física da Sesa, a obesidade em crianças e adolescentes é resultado de uma série complexa de fatores genéticos, individuais e comportamentais.
O contexto familiar, escolar, comunitário, social e políticos interferem nessa realidade. Até porque as escolhas alimentares não saudáveis não são isoladas. Outros fatores como a ausência ou curta duração do aleitamento materno, o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e a inatividade física. Bem como o sono inadequado fazem parte dessa lista.
DEMAIS AÇÕES
O Estado promove a formação de tutores da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB) que visa capacitar os profissionais da Atenção Primária à Saúde para a orientação quanto ao aleitamento materno e alimentação complementar saudável.
As equipes da Sesa trabalham na implementação com os municípios do Programa Saúde na Escola (PSE). O programa, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação incentiva a alimentação adequada e saudável e a prática de atividades físicas para alunos da educação básica.
De acordo com os dados, em 2022, houve o desenvolvimento de 8.862 atividades coletivas de promoção da alimentação saudável. Incluindo também 1.923 atividades coletivas de promoção da atividade física nas escolas com o programa.
Além disso, o trabalho entre as secretarias resultou ainda em webinários destinados à educação permanente dos professores da Rede Estadual de Ensino. Dessa forma possibilita a inclusão de temas relacionados à saúde nas aulas ministradas por esses professores aos adolescentes matriculados na rede pública.
OBESIDADE INFANTIL
A obesidade infantil está associada a uma maior chance de morte prematura, trazendo prejuízos já na infância e adolescência com dificuldades respiratórias, aumento do risco de fraturas, hipertensão arterial sistêmica, marcadores precoces de doenças cardiovasculares, resistência à insulina, câncer e efeitos psicológicos como baixa autoestima, isolamento social e transtornos alimentares.
Leia outras notícias no Portal RSN.