Implantacão de radares eletrônicos na BR-277 já está prevista, diz DER

A implantação de radares eletrônicos nos dois pontos críticos do perímetro urbano da BR 277 em Guarapuava já está previsto pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER). A informação foi prestada à RSN pelo engenheiro Carlos Razini, responsável pela fiscalização das concessionárias pelo DER no trecho entre Guarapuava e Foz do Iguaçu. De acordo com Razini, o que emperra a implantação é a burocracia e o acúmulo de serviços em Brasília.
“Tudo o que fazemos nesse sentido precisa estar embasada em leis (Conselho Nacional de Trânsito) e para qualquer implantação de redutor em rodovias dependemos de liberação, mas qualquer auto de infração de trânsito da Polícia Rodoviária Federal em todo o país é processado por lá. Essa é a nossa dificuldade para implantar radares eletrônicos fixos nas rodovias”, explica Razini. De acordo com o engenheiro, o governador Beto Richa está tentando dinamizar esse processo no Ministério da Justiça.

De acordo com Razini, os radares fixos implantados perto dos municípios de Cantagalo e Laranjeiras do Sul ainda não funcionam por causa da burocracia.
“Implantamos esses radares com custo de R$ 160 mil cada um e até agora não conseguimos por em funcionamento por causa dessa demora”, diz.

MOVIMENTO
Cansados de presenciar a morte de pessoas na BR-277, perímetro urbano de Guarapuava, empresários que trabalham às margens e no entorno da rodovia estão mobilizados e promover um movimento no sábado (6), entre às 11 horas e 12 horas no Posto Guarapuavão. Eles querem chamar a atenção das autoridades para os acidentes de trânsito e cobram uma atitude de lideranças políticas, da Ecocataratas e da Caminhos do Paraná – que detem as concessões desses trechos.

Em nota oficial encaminhada à RSN, a Ecocataratasesclarece que a instalação de qualquer dispositivo redutor de velocidade não faz parte das obrigações contratuais e que depende necessariamente de estudos técnicos elaborados pela Polícia Rodoviária Federal em conjunto com o DER/PR. Segundo a concessionária, estes relatórios é que definem a necessidade dos dispositivos e em quais locais poderão serem instalados. Estes dois órgãos são também quem autorizam a instalação. Como já dito, o DER esbarra na burocracia federal.

Para o DER, uma rodovia no perímetro urbano deixa as pessoas mais vulneráveis a acidentes. “O espaço x tempo da área urbana é muito diferente do espaço x tempo de uma rodovia”, observa.

Referindo-se aos trechos considerados críticos da BR-277 em Guarapuava, Razini lembra que a velocidade máxima permitida é de 60 Km/hora. De acordo com moradores da região, caminhões e outros veículos passam a mais de 100 Km/hora.